Guanambi está entre os 200 municípios contemplados com o Programa Pé Diabético, após adesão da Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde. O objetivo do programa é reduzir o número de amputações decorrentes da falta de controle da diabetes e, de acordo com a portaria, cada município irá implantar uma sala de referência para o atendimento.

De acordo com o secretário de saúde do município André Moitinho, a prefeitura de Guanambi já disponibiliza de profissionais especializados, além de programas como a Hiperdia em todas as unidades para hipertensos e diabéticos.

No lançamento do projeto o secretário de saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, afirmou que “as amputações decorrentes de complicações de pé diabético constituem um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, levando em conta as elevadas taxas de internação hospitalar”.

Segundo o secretário, além do impacto social na vida do amputado e a alta mortalidade associada, as amputações estão relacionadas a altos custos diretos e indiretos para o sistema de saúde.

Dados do Sistema de Pactuação dos Indicadores (Sispacto) apontam que 25% das internações de pacientes de Salvador, por exemplo, poderiam ser prevenidas por serem condições sensíveis à Atenção Básica. “Sem o adequado acompanhamento, o paciente diabético não realiza exames, não toma os medicamentos e acaba por ir a uma emergência de um hospital com o pé infectado que levará, possivelmente, à amputação de um dos membros”, explica Vilas-Boas.

Embora as estatísticas sobre as amputações de membros inferiores em diabéticos sejam preocupantes, dados do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba) revelam que um bom programa de prevenção é capaz de reduzir as amputações em até 85%, e que ações preventivas devem ser difundidas entre a população no nível assistencial mais próximo, que é a Atenção Básica.