Mais de 18,1 milhões de estudantes fazem hoje (21) a prova da primeira fase da 15ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep).
Neste ano, a olimpíada atingiu o número recorde de escolas participantes: 54.830 localizadas em 99,71% dos municípios brasileiros.
Segundo o diretor-adjunto do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e coordenador-geral da Obmep, Claudio Landim, a adesão tem aumentado inclusive entre as escolas particulares.
“A esperança é que a Obmep se torne universal. É uma prova diferente das aplicadas nas salas de aula, porque mede a facilidade que os alunos têm com a matemática”, explica.
“A olimpíada propõe problemas que não exigem conhecimento específico de matemática para serem resolvidos. Conheço estudantes que não sabiam que eram bons em matemática e foi nessa prova que descobriram, por isso é importante todos participarem”, explica.
A primeira olimpíada de matemática foi realizada em 2005, com a participação de 10,5 milhões de alunos de 31 mil escolas. O número aumentou ao longo dos anos. Em 2018, 54.498 escolas participaram.
Questões
Os estudantes têm 2 horas e 30 minutos para resolver as 20 questões do exame, preparado em três níveis, de acordo com o grau de escolaridade.
O nível 1 corresponde aos 6º e 7º anos do ensino fundamental, o nível 2 aos 8º e 9º anos do ensino fundamental, e o nível 3, aos estudantes do ensino médio.
Cabe a cada uma das escolas a aplicação e a correção das provas. Elas seguem as instruções e os gabaritos elaborados pelo IMPA. Os alunos classificados nesta etapa farão a prova da segunda fase, em 28 de setembro.
Participam da olimpíada escolas públicas e privadas. As premiações são feitas separadamente. Os estudantes das escolas públicas receberão 6,5 mil medalhas, sendo 500 ouros, 1,5 mil pratas e 4,5 mil bronzes, além de até 46,2 mil certificados de menção honrosa.
Já os estudantes de escolas particulares receberão 975 medalhas, sendo 75 ouros, 225 pratas e 675 bronzes e até 5,7 mil certificados de menção honrosa.
A divulgação dos vencedores está prevista para 3 de dezembro. Landim explica que os medalhistas participam de um programa de iniciação científica com atividades orientadas por professores qualificados em instituições de ensino superior e de pesquisa.
A olimpíada é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC). A competição é destinada a estudantes a partir do sexto ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio.
De acordo com a organização, o objetivo da competição é estimular o estudo da matemática, identificar jovens talentosos, incentivar o ingresso dos estudantes em áreas científicas e tecnológicas e promover a inclusão social pela difusão do conhecimento.
Fonte: Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil