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Taxa de crimes com uso de arma de fogo teve aumento em Guanambi durante período festivo

Apesar da intensidade de ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), nesse período em Guanambi, nenhuma ocorrência foi registrada nos locais de festa

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Geovane Santos | Agência Sertão

Apesar de não ter nenhuma ocorrência nos locais dos eventos específicos, os meses mais festivos para os guanambienses se tornaram os mais violentos no primeiro semestre do ano na cidade.

Em um período de 37 dias foram registrados quatro homicídios e quatro pessoas atingidas por disparo de armas de fogo. Sendo dois homicídios no dia 18 de maio, além de mais um alvejado no mesmo dia. No mês de junho, uma tentativa de homicídio foi registrada no dia 2, um homicídio no dia 19 e outro no dia 23 com mais dois atingidos na mesma ocorrência.

A última vítima desse período foi João Paulo da Silva Santos, mais conhecido como “Cachorrinho”, 32 anos. O jovem foi alvejado as vésperas do São João, na noite do último domingo (23), na rua Otacílio Fernandes, no bairro Monte Pascoal e não resistiu aos ferimentos. Os tiros também atingiram Alexandre Valério dos Santos, de 21 anos e Anderson Jhon da Conceição, de 24 anos. Todos residentes do bairro Monte Pascoal.

No mês de maio acontece a tradicional festa de Santa Rita, são nove dias de festa iniciando no dia 13 até o dia 22. Já o mês de junho conta com as comemorações da festa de Santo Antônio que inicia no dia 1º e se estende até o dia 13. Além disso, o Forró do Gurutuba, realizado de 14 a 22, e a véspera do São João, no dia 23, sem contar as festas particulares e outras religiosas que acontecem no mesmo período.

Segundo o comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM) Tenente Coronel Arthur Mascarenhas, o período festivo é uma época de preocupação para a polícia, em virtude da chegada de muita gente de fora e das comemorações também. “Pessoas chegando que tem contato com criminosos aqui, saídas de presídios para as festividades, sons de fogos de artifícios que se confundem com tiros e não chamam tanta atenção e etc…”, explica.

Outros meses, no primeiro semestre desse ano, tiveram o mesmo percentual de homicídios, porém, em um período maior entre uma ocorrência e outra. Dentre eles estão o mês de março com duas mortes e abril que foram contabilizados três homicídios. Os meses com o menor percentual foram janeiro e fevereiro que tiveram uma ocorrência de homicídio cada.

O primeiro semestre ainda não terminou, mas se não ocorrer novos assassinatos será fechado com um total de 11 ocorrências. Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 35%, de acordo com informações do 17º BPM. No primeiro semestre do ano passado foram registrados 17 crimes desse tipo, mas se comparado ao segundo semestre de 2018, observa-se um aumento de cinco homicídios. Seis assassinatos foram contabilizados no segundo semestre do ano passado.

As tentativas de homicídio reduziu em 64% no comparativo dos primeiros semestres, 11 em 2018 e 4 em 2019. Entre as tentativas e consumados a redução foi de 58%.

O Tenente Coronel Arthur Mascarenhas assumiu em julho de 2018 o comando da instituição, e pontua que as três operações deflagradas, no segundo semestre do ano passado, foram preponderantes para a redução dos casos.

A 1ª – Operação “Força Tática” que consiste na junção de diversas viaturas em comboio fazendo patrulhamento tático – abordagem aos bares, estabelecimentos comerciais, pessoas e veículos. A 2ª – “Operação 2X2” que consiste na abordagem a dois indivíduos a bordo de motocicletas e a 3ª “Operação Êxito”, com vista a impedir a migração desse tipo de crime para a Zona Rural.

O comandante destaca que as operações continuam com a mesma intensidade esse ano, “só que antes de cometerem os crimes, os que planejam essas ações estudam a área e verificam a ausência da polícia naquele local e horário”.

Apesar da dimensão de ocorrências de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) nesse período em Guanambi, de acordo com a polícia – “nenhuma lesão corporal, nenhum furto ou roubo de veículo e transeuntes ou outro crime qualquer foi registrado”, nos locais de festa. As investigações da polícia apontam que todos que morreram tinha ligação com o tráfico de drogas.

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