O atleta Carlos de Oliveira Santos, de 29 anos, representou Guanambi nos Jogos Pan-americano 2019, a competição esportiva acontece em Lima, no Peru.
Na prova de atletismo de 1.500m, realizada nesta quinta-feira (8), Cachorrão, como o atleta foi apelidado pelos amigos, ficou com a sexta colocação ao completar a prova com o tempo de 3min44s47.
O mexicano Carlos Villarreal ficou com o ouro. A prata ficou com John Gregork Jr, dos Estados Unidos e o bronze foi conquistado por Willian Paulson, do Canadá.
Carlos conquistou a vaga para os Jogos em junho, ao atingir o índice para a prova em uma competição nos Estados Unidos. Ele também disputou os 1.500m do Sul-Americano de atletismo no Peru, no dia 25 de maio, e conquistou o terceiro lugar em uma disputa acirrada do começo ao fim. A diferença dele para o campeão da prova foi inferior a um segundo.
Após a prova, o atleta concedeu entrevista ao canal SporTV, onde lembrou de seu passado como cortador de cana. Ele também aproveitou o momento para saudar sua família e amigos de Guanambi.
A família de Carlos reside na fazenda Lagoa da Tabua, zona rural do município. Carlos iniciou no atletismo no ano de 2001 na tradicional corrida do Suruá, comunidade de Guanambi.
Em busca de melhores condições financeiras, o jovem saiu de Guanambi em 2008 e se mudou para a cidade de Terra Rocha no interior do estado de São Paulo (SP), onde foi trabalhou no corte de cana-de-açúcar até ser descoberto pelo treinador Antônio Alves dos Santos, o Toninho, que é o coordenador geral da Associação Bebedourense de Atletismo na cidade de Bebedouro. Em 2011, Carlos começou a competir, mas somente em 2014 pode dedicar integralmente ao atletismo.
Nessa fase de sua vida, intensificou seus treinos e garantiu a participação em um dos maiores eventos do atletismo nacional – a corrida de São Silvestre. Seu desempenho chamou a atenção de membros da Equipe Pé de Vento de Atletismo do Rio de Janeiro, que contrataram o atleta. Atualmente Carlos reside em Bragança Paulista e tem contrato com a equipe do Esporte Clube Pinheiros.
Em entrevista concedida à Agência Sertão antes da competição, Carlos falou sobre os desafios enfrentados durante a sua trajetória e a característica de persistir, mesmo em meio às adversidades, impulsionaram a carreira de sucesso. “Eu sempre gostei de ser desafiado, sou dedicado em tudo que faço e sempre quis estar entre os melhores, é uma meta que eu tenho desde pequeno. Nunca gostei de perder. Então eu acho que isso ajudou um pouco a chegar no alto rendimento do atletismo”, pontua.
Veja como foi a prova de atletismo, 1.500m masculino no Pan 2019