A Bahia está investigando 93 casos suspeitos de sarampo. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), desde o início do ano, 190 casos suspeitos foram detectados. Destes, 96 foram descartados e um confirmado com vírus importado da Europa.
O caso confirmado ocorreu com uma menina de 12 anos que contraiu a doença em uma viagem para a Espanha. Ainda segundo a Sesab, a garota reside em Salvador e viajou no dia 21/06/2019, iniciando os sintomas no dia 01/07/2019, apresentando febre alta, acompanhada de dor de garganta e conjuntivite. A garota voltou para casa, em Salvador, no dia 04/07/2019, já doente.
O único caso registrado da doença na capital baiana já foi suficiente para colocar Salvador na lista de cidades em estado de surto ativo para o sarampo. A lista, elaborada pelo Ministério da Saúde, traz os municípios onde as ações de vacinação para a doença devem ser intensificadas.
Pela classificação do Ministério da Saúde, é considerado surto ativo se um local apresenta um único caso em um cenário sem transmissão de sarampo, como é o caso da Bahia, mesmo que seja importado, de acordo com Akemi Erdes, coordenadora de Imunizações e Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) do Estado. O estado não tinha casos da doença desde 1999.
Em Salvador, são 129 unidades de saúde que podem ser procuradas para a vacinação. Podem se vacinar pessoas de 6 meses a 39 anos
O sarampo é uma doença viral aguda, considerada uma das mais contagiosas, com potencial para ser extremamente grave, afetando principalmente crianças menores de 5 anos, especialmente as mal nutridas, e bebês não vacinados. No entanto, pode acometer também pessoas não imunizadas de qualquer idade.
Os principais sintomas são tosse, em geral seca e irritativa; febre alta; coriza, sensibilidade à luz; manchas vermelhas na pele e dor no corpo. O sarampo também pode causar infecções respiratórias, inflamação nos ouvidos, encefalite com dano cerebral, surdez e lesões severas de pele. Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro. A transmissão acontece por secreções como gotículas eliminadas pelo espirro, tosse e fala.
*Informações do Correio*