O furacão Dorian, um dos mais poderosos já registrados no Oceano Atlântico, apresentou sinais de enfraquecimento nesta terça-feira (3), após castigar as Bahamas, provocando devastação e enchentes nas ilhas de Abaco e Grande Bahama. A água atingiu o segundo andar de alguns edifícios e deixou pessoas ilhadas.
A expectativa é que o Dorian avance para o litoral dos Estados Unidos, onde as autoridades ordenaram que mais de um milhão de pessoas deixem suas casas.
Nas Bahamas, autoridades locais afirmam que ao menos cinco pessoas morreram e 21 feridos foram transportados para a capital por helicópteros da Guarda Costeira dos Estados Unidos.
“Estamos em meio a uma tragédia histórica”, afirmou o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, ressaltando que o país sofreu uma “devastação extensa e sem precedentes”. “Nossa missão agora é nos concentrarmos nas buscas, resgates e recuperação”, afirmou.
Fortes chuvas continuam a castigar as ilhas no noroeste das Bahamas. Na manhã desta terça-feira, os ventos diminuíram de velocidade, chegando a 193 quilômetros por hora, rebaixando o furacão para a categoria 3 na escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5.
O centro do furacão chegou a 40 quilômetros de Freeport, na ilha Grande Bahama, onde os ventos chegaram a 75 quilômetros por hora. Em todo o país, cerca de 13 mil casas foram destruídas ou gravemente danificadas, segundo estimativas da Cruz Vermelha.
O furacão Dorian deixou cerca de 13 mil casas destruídas ou gravemente danificadas nas Bahamas e deve seguir para o noroeste no final desta terça-feira e atingir o litoral dos estados americanos da Flórida, Carolina do Sul e Geórgia. Apesar das expectativas de que o Dorian permaneça sobre o mar, as autoridades mantêm os alertas para a região, uma vez que não estará muito longe da costa e pode ainda se deslocar para o continente.
Nove condados da Flórida lançaram ordens de evacuação. Na costa leste do estado, alguns postos de gasolina e aeroportos estão fechados, assim como o de Orlando, o maior da região. O Walt Disney World Resort, na mesma cidade, permanecerá fechado nesta terça-feira.
Na Carolina do Sul, mas de 830 mil pessoas em oito condados receberam ordens de evacuação. No estado da Geórgia, moradores de seis condados devem deixar suas casas.
O furacão Dorian se igualou a outros como o Gilbert, de 1988, o Wilma, de 2005 e o furacão do Dia do Trabalho, de 1935, como o segundo mais poderoso já registrado no Atlântico. O Allen, de 1980, com ventos de 306 quilômetros por hora, foi o mais forte da história, segundo o NHC.
*A Deutsche Welle é o canal de comunicação internacional da Alemanha.
Esta postagem foi publicada em 3 de setembro de 2019 20:07
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