Em nota publicada na noite desta terça-feira (8), o comando da Polícia Militar da Bahia disse que os policiais que não atenderem suas escalas responderão conforme Legislação Militar.
As punições podem ser deste advertência até detenção de grevistas e líderes do movimento. Os envolvidos podem ser até expulsos da corporação após responderem a processo disciplinar.
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública.
O deputado estadual e representante da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), Soldado Prisco (PSC), disse que a paralisação trata-se de um movimento de segurança por segurança. “Foi declarado o movimento de segurança por segurança. Vocês que estão nos quarteis, não vão para rua. Vocês que estão na rua, venha para Adelba. Fique dentro dos quarteis até o Governo negociar”, afirmou.
O Comando Geral da Polícia Militar do Estado da Bahia negou a informação de que a corporação esteja em greve em todo o Estado.
A negativa veio após uma assembleia de policiais e bombeiros, realizadas nesta terça-feira (8), em Salvador, decretar greve das duas categorias.
O Coronel Anselmo Brandão classificou o movimento como um movimento político de um deputado. “Gostaria de tranquilizar a população baiana que a nossa PM não está em greve. Infelizmente por oportunismo político de um deputado, que já vem há vários dias tentando mobilizar a tropa e não conseguiu. Hoje ele decretou uma greve com a presença de 300 pessoas”, disse.
O comandante se referiu ao ex-PM Soldado Prisco (PSC). O parlamentar alega que o governo não não sentou na mesa de negociação. Além de deputado estadual, Prisco é representante da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra).
“Esperamos que o governo sente e dialogue. O que nós queremos é apenas o diálogo. Se o Governo sentar e dialogar, tenha certeza que a categoria vai avançar. Enquanto não houver diálogo, não tem retorno aos trabalhos. Esse tumulto não vai partir dos policiais. Nosso pessoal está aqui e a recomendação é vir para cá, para ficar seguro aqui. Recomendo que a população fique em casa, porque a irresponsabilidade neste momento é do Governo do Estado, em não querer negociar. são seis anos de tentativa de negociação”, disse Prisco à imprensa da capital.
Em Guanambi, o comandante do 17º Batalhão, Ten. Cel Arthur Mascarenhas, disse que “A população pode ficar tranquila, pois os policiais do 17º BPM estão todos trabalhando e não existe nenhum movimento e nenhum risco da população ficar sem policiamento”.
Os policiais em serviço realizaram uma operação com abordagens a veículos e transeuntes em alguns bairros da cidade.
Entre as pautas dos Militares, estão: melhorias do Planserv, cumprimento do acordo de 2014, solução para os problemas do novo sistema RH, reforma do Estatuto, código de Ética; periculosidade; auxílio Alimentação; reajuste da CET; plano de Carreira; cumprimento de ordem judicial e isenção de ICMS para Aquisição de Arma de Fogo para PMs e BMs.
Em nota, a PM afirmou que garante o policiamento ostensivo em todo o estado e tranquiliza a população, que deve manter sua rotina normalmente. Reforça que o responsável pelas operações nas ruas é o Quartel do Comando Geral, que está pronto para atender a todas as demandas da sociedade.