O secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa, afirmou que a Polícia Civil investiga o suposto atentado denunciado pelo deputado estadual Soldado Prisco (PSC), líder do movimento paredista.
“Estamos com toda a Polícia Civil empenhada nisso, com nossos melhores delegados, peritos e equipes, fazendo toda a investigação dessa situação, e esperamos que as vítimas, o mais breve possível, contribuam com a polícia, porque até agora não conseguimos ouvir essas pessoas que se dizem vítimas”, disse.
Em vídeo publicado nesta madrugada, policias ligados a Aspra denunciaram que o deputado foi vítima de um atentado. O carro usado pelo deputado foi atingido por disparos de arma de grosso calibre, dois policias que o acompanha teriam sido feridos pelos estilhaços dos projéteis.
A afirmação foi dada nesta quarta-feira (16), em entrevista coletiva. Barbosa disse ainda que há indícios de que policiais ligados à Associação dos Policiais e Bombeiros Militares e seus Familiares (Aspra) tenham se envolvido nos ataques que ocorreram após o primeiro anúncio de greve, na última semana.
“Nós temos visto ao longo desses últimos 15 dias uma série de ações, a começar pela incitação, provocada pela Aspra, de uma assembleia em que se dizia que a PM estava em greve, estava parada, e nós assistimos nos dias posteriores que a PM não aderiu em nenhum momento. (…) São coisas que nós assistimos todos os dias, através de mensagens de áudio e de vídeo, e a partir de então vimos uma série de atentados contra agencias bancárias, vandalismos em ônibus e ameaças em redes sociais, o que levou criminosos a pensarem que a polícia estava parada. (…) Temos indícios de participação de pessoas ligadas à Aspra, seja pela sua filiação ou na própria defesa, como no caso do policial que foi baleado por agentes da Operação Gêmeos em Itacaranha”, afirmou.
Ainda segundo Barbosa, a SSP-BA tem trabalhado para identificar os envolvidos e encaminhado relatórios ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e ao Ministério Público Federal (MPF), a fim de viabilizar medidas como a operação deflagrada hoje.
Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a interdição é fruto de uma decisão judicial. A associação lidera o movimento de policiais que decretaram greve no último dia 8.