A pesquisa de preço da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, divulgada nesta segunda-feira (11), aponta que os postos de combustível do município de Brumado praticam um dos menores preços na venda da gasolina no Estado.
A pesquisa aponta também que houve bastante aumento no preço do produto nas últimas semanas em Vitória da Conquista. Com sucessivos aumentos, a gasolina paga pelo conquistense está entre as mais caras das 30 principais cidades da Bahia. As duas cidades estão distantes apenas 140 Km uma da outra.
Em Brumado é possível abastecer a partir de R$ 4,05 (na semana anterior era R$ 3,999) até R$ 4,25, média de R$ 4,17 (aumento de 5 centavos em relação à semana anterior). Já em Vitória da Conquista, a gasolina mais barata custa R$ 4,39 e a mais cara R$ 4,50. O preço médio é de R$ 4,47 e permanece estável a duas semanas. A diferença de R$ 0,30 por litro entre as duas cidades.
A diferença entre as duas cidades está principalmente pelo lucro bruto praticado pelos postos, já que o preço de compra nas distribuidoras é bastante similar. Enquanto os estabelecimentos de Brumado lucraram nas últimas seis semanas em média R$ 0,52 centavos no litro, em Vitória da Conquista o lucro médio foi de R$ 0,77
Mais barato do que em Brumado só em Teixeira de Freitas, no Sul-Baiano e Barreiras, no Oeste. Os postos dos dois municípios vendem gasolina a preço médio de R$ 4,10 e R$ 4,11 respectivamente.
Já em Vitória da Conquista, a gasolina só não é mais cara do que a vendida em Juazeiro, no Vale São-franciscano, onde o produto custa R$ 4,69 e Porto Seguro, no Sul-Baiano, onde o preço médio está em R$ 4,50. Livramento de Nossa Senhora e Jequié, ambas no Centro-Sul, e Itabuna e Ilhéus, na região Sul, também têm gasolina vendida a R$ 4,47.
Caetité e Guanambi, ambas na mesma região de Vitória da Conquista e Brumado, permanecem no meio do ranking de preço da gasolina, com preço médio de R$ 4,37 nas duas cidades.
O ano de 2020 está sendo de altas e baixas no mercado internacional do Petróleo. A commoditie começou o ano em alta com a tensão entre Estados Unidos e Irã nos primeiros dias de janeiro. Menos de três meses depois, países produtores de petróleo não entraram em acordo sobre a regulação do preço e produção, lavando o barril a uma queda histórica. A diminuição no consumo e os impactos do coronavírus na economia também contribuíram para o agravamento da situação.
As oscilações no preço da gasolina nas refinarias não chega ao consumidor final na mesma proporção. Além dos postos, as margens das distribuidoras, a composição com etanol e a tributação de cada estado influenciam na composição do preço.
Em Jequié, onde fica localizado um dos principais centros de distribuição da Bahia, a gasolina era repassada a R$ 1,94 (preço sem impostos) em janeiro, durante o último pico de preço da cotação do petróleo. Em meados de abril o litro estava saindo por R$ 0,94, redução de quase 52%. Após início de uma nova trajetória de alta, a gasolina é comercializa por R$ 1,64.
Na página da ANP é possível consultar quais postos praticam os menores valores nas principais cidades do Brasil.