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Licínio de Almeida, Caculé e Jacaraci estão entre os municípios com os melhores Ideb da Bahia

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Três municípios da Região de Guanambi conseguiram as melhores notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 entre os municípios baianos. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O melhor resultado para estudantes do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental foi de Licínio de Almeida. O município atingiu resultado 7.3, índice 0.5 maior do que o registrado em 2017 e 1.7 maior do que a meta do município. O Estado da Bahia atingiu média 5.3 e a média nacional foi de 5.9. O município de Caculé aparece em terceiro, com índice 6.6. Já Jacaraci obteve o oitavo melhor índice, com 6.5.

O melhor resultado em Licínio de Almeida nestas séries foi do Colégio Pingo de Gente, 8.1. O Centro Educacional Boa Esperança e a Escola João XXIII conseguiram índice 7.2.

Já entre os estudantes do 8º e 9º ano, o município de Jacaraci conquistou o melhor resultado, 6.3. Licínio de Almeida vem em segundo lugar, com índice 6.0. Caculé aparece na quinta colocação com 5.2. Jacaraci conseguiu aumentar seu índice em 0.8 pontos em um ano e está 0.5 pontos acima da meta projetada. A média estadual neste ano foi de 4.1 e a média nacional de 5.2.

Nestas séries em Jacaraci, o melhor resultado foi do Centro Educacional Municipal Monsenhor Fernando, com índice de 6.4, seguido pelo Centro de Educação Municipal Wilson David Domingues, com 6.0.

Entre os estudantes do terceiro ano do Ensino Médico, o município baiano com melhor resultado foi Dom Macedo Costa, com índice 4.6. Em seguida aparece novamente o município de Jacaraci, com 4.6, Tanque Novo, também com 4.6, Candiba e Guajeru, ambos com 4.5.

Em todas as sérias avaliadas, outros municípios da região apareceram bem colocados, como Feira da Mata, Brumado, Sebastião Laranjeiras, Condeúba, Ibiassucê, Mortugaba, Malhada de Pedras, Urandi, Riacho de Santana, entre outros.

Ideb em Guanambi

O município de Guanambi, o mais populoso e rico da região, não conseguiu resultados surpreendentes no Ideb. Nos anos iniciais do ensino fundamental o índice foi 5.2, sendo apenas o 97º entre os 417 municípios do estado. A avaliação melhorou 0.3 pontos em relação à 2017 e está a 0.1 ponto acima da meta estipulada para o município.

Nos anos finais do ensino fundamental Guanambi ocupa o 100º na Bahia, com índice 4.2, o mesmo registrado em 2017. Nestas séries, o município não atingiu a meta estipulada para 2019 que era de 4.5.

No Ensino Médio, Guanambi conseguiu seu pior resultado, ocupando a posição 243º no Estado, com índice 3.1, bem abaixo da meta planejada que era de 3.9 em 2019 e também menor do que o índice de 2018, que foi de 3.7.

Ideb 2019

Os avanços da educação do país detectados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o principal índice de educação do país, foram puxados principalmente pela rede pública de ensino, que avançou em todas as etapas de escolarização. A rede privada permaneceu estagnada em duas delas.

Apesar disso, o Brasil cumpriu apenas a meta dos anos iniciais do ensino fundamental, o que torna difícil a conclusão de todos os objetivos ao final do ciclo do Ideb, que termina em 2021. Esse é o primeiro ciclo do Ideb a incluir meses do governo de Jair Bolsonaro. A educação básica, no entanto, é de responsabilidade principal dos estados e dos municípios.

Em comparação com o Ideb 2017, a rede pública avançou em todas as etapas de ensino, diferentemente da rede privada, que ficou estagnada tanto nos anos iniciais do ensino fundamental, com 7,1,  quanto nos anos anos finais, com 6,4. O crescimento da nota da rede pública aliado à estagnação das médias da rede privada reduziram a distância de desempenho entre elas em 0,2 ponto em todas as etapas.

Historicamente, os gargalos da educação brasileira começam a se agravar a partir dos anos finais do ensino fundamental. É possível perceber isso também a partir dos dados do Ideb. Enquanto nos anos iniciais da educação básica apenas quatro unidades da federação não alcançaram a meta estabelecida, nos anos finais, o número salta para 20 e chega a 26 no ensino médio.

Ideb

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10. A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.

O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica, que tem estabelecido, como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos.

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