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Temperaturas podem chegar a 40ºC em Guanambi durante a semana

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As temperaturas continuarão subindo em Guanambi nos próximos dias segundo os dados dos modelos meteorológicos. Até a próxima sexta-feira (9), os termômetros podem marcar 40ºC na cidade. A umidade relativa do ar deve chegar próxima a 10% nas horas mais secas do dia, geralmente no meio da tarde.

Os dias seguirão quentes, com previsão de máxima novamente superior a 36ºC neste domingo (4) e intensificação a partir de quarta-feira (7). A temperatura seguirá elevada pelo menos pelos próximos 15 dias e podem ocorrer pancadas de chuva isoladas no próximo fim de semana. Previsão de chuvas generalizadas ainda é incerta para o mês de outubro, mas animadora para o início de novembro.

Durante as duas últimas semanas, o calor intenso voltou a predominar em Guanambi após o fim de um inverno com temperaturas amenas. Na últimas segunda-feira (28), foi registrada a temperatura mais alta do ano até o momento, 37,6ºC. A umidade relativa do ar caiu para 9%.

Neste sábado (3), o termômetro da estação meteorológica do Inmet registrou máxima de 36,2ºC. Um termômetro publicitário instalado na Praça do Feijão chegou a marcar 45ºC. (entenda a diferença entre temperaturas oficias e não oficiais)

As temperaturas esperadas podem superar a máxima registrada em 2019. No dia 21 de outubro os termômetros marcaram 39,5ºC na cidade. Este foi o segundo maior desde 2008, quando o Inmet começou a medição. No dia 21 de outubro de 2015, também foi registrada esta mesma temperatura. Menos de um mês depois, no dia 13 de novembro, a estação marcou máxima de 40,6 ºC, a maior da série histórica.

Alerta de Perigo

Fonte: Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) vem emitindo diversos alertas sobres os risco associados ao calor excessivo e da baixa umidade relativa do ar. O último, classificado na categoria perigo, foi emitido nesta sexta-feira e tem validade até esta segunda-feira (4). Os alertas incluem risco de incêndios florestais e à saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.

Nestas situações, recomenda-se a ingestão de bastante líquido, de preferência água. Atividades físicas não são recomendadas nos horários mais quentes do dia e a exposição ao sol neste período deve ser evitada. Recomenda-se também o uso de hidratante para pele e umidificação dos ambientes. 

Queimadas

O município de Guanambi registrou 155 focos de calor no período de 1º janeiro a 2 de outubro de 2020. Os dados são do programa de apoio a queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio da rede de satélites de monitoramento. Os sistemas são capazes de perceber o aumento do calor na superfície da terra.

O número de focos aumentou quase 100% em relação ao mesmo período de 2019. A quantidade é bem maior do que a registrada no mesmo período do ano anterior, quando foram detectados 79 focos no território guanambiense. Vale ressaltar que um mesmo incêndio pode gerar vários focos de calor, dependendo de sua dimensão.

No período de março a abril de 2020 não houve registros de focos de calor. Já os meses de agosto e setembro contribuíram de forma significativa para o número elevado de queimadas no município – somados os dois meses, equivale a um total de 110 focos.

Focos de incêndio em Guanambi entre 1 de setembro e 2 de outubro

O início do mês de outubro vem indicando que no período pode ocorrer muitos incêndios. Já no primeiro dia uma queimada resultou no surgimento de 11 focos.

A Agência Sertão teve acesso a uma quantidade expressiva de queimadas, sobretudo nos últimos dias do mês de setembro. As queimadas na zona rural e em terrenos baldios foram recorrentes nesse período em Guanambi.

No dia 24, um incêndio consumiu cerca de 20 hectares de pastagem na zona rural do município. Um dia antes, no dia 23, vários incêndios foram registrados em lotes e áreas de vegetação. No dia 27 de setembro, mais dois incêndios de grandes proporções foram registrados em fazendas na zona rural, consumindo mais de 150 hectares de vegetação.

Última temporada chuvosa

Cheia do riacho Belém em Guanambi no mês de Janeiro – Rômulo Gonçalves – Take Produções

As chuvas que caíram entre o final de 2019 e início de 2020 na região de Guanambi foram as mais volumosas desde 2006. No centro da cidade, o pluviômetro da Agência Sertão registrou acumulado de 802 mm, 200 mm a mais do que o registrado pelo mesmo pluviômetro no período anterior. Em algumas regiões mais altas, próximas à Serra Geral, como nas regiões dos distritos de Guirapá (Pindaí) e Morrinhos (Guanambi), alguns moradores registraram acumulados de até 1.100 mm.

Toda essa chuva contribuiu para amenizar a seca característica da região. Embora ainda falte pelo menos dois meses para as próximas chuvas, a paisagem vista agora é bem diferente do que se via há um ano. Ainda há bastante água retida nas lagoas, barragens e represas, e ainda corre por alguns rios e córregos nas regiões de maior altitude, o que é bastante raro nesta região semiárida.

Reservatórios

Lago da Barragem de Ceraíma – Guanambi (BA) / Foto: Tiago Marques | Agência Sertão

Os principais reservatórios de água de Guanambi perderam pouco volume após 148 dias de estiagem. O lago da barragem do Poço do Magro atingiu seu maior volume no final de abril, 69%. Passados três meses, o volume ainda está em cerca de 50,7%, segundo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

Já a barragem de Ceraíma chegou a 100% de sua capacidade ao final do período chuvosos. Mesmo com o uso múltiplo da água, incluindo abastecimento do Perímetro Irrigado e entorno, além da complementação do sistema de abastecimento humano, o reservatórios ainda possui 86% de sua capacidade.

Os dois reservatórios do município de Urandi, Estreio e Cova da Mandioca, estão em situações diferente dos reservatórios de Guanambi. O primeiro chegou a ter 44% de seu volume útil no fim de abril e agora está com 24%, enquanto o segundo atingiu 21% e agora está com apenas 9%.

Rio São Francisco

Rio São Francisco em Carinhanha (BA) – Foto: Tiago Marques | Agência Sertão

Os três grandes reservatórios do rio São Francisco estão com volumes bastante significativos. Três Marias, em Minas Gerais, armazena 65,95% de sua capacidade, enquanto Sobradinho e Itaparica, ambos na Bahia, têm 66,25% e 65,48% respectivamente.

O bom volume nas hidroelétricas garante a defluência regulada em todo o curso do Velho Chico, deixando no passado as imagens do rio bastante seco registradas nos anos anteriores.

Veja: Após seca mais severa da história, rio São Francisco tem maior cheia em oito ano

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