O município de Ibotirama, localizado na Bahia, na margem direita do rio São Francisco, registrou a segunda maior temperatura desde 2008, quando a medição oficial foi iniciada na cidade pelo Instituto Nacional de Meteorologia.
Por volta das 16h desta quarta-feira (7), os termômetros registram 42,2 °C, maior temperatura registrada desde 2015, quando os termômetros marcaram 42,4ºC no dia 6 de novembro, e segunda maior temperatura da série histórica iniciada em 2008, quando o Inmet instalou a estação meteorológica no município.
A umidade relativa do ar também caiu bastante no município, chegando a críticos 10%. Esta combinação de altas temperatura com baixa umidade relativa do ar pode agravar o problema dos incêndios florestais, além de trazer danos à saúde, como ressecamento da pele e dos olhos. A recomendação dos especialistas é para que seja evitada a exposição ao sol e a realização de atividades físicas ao ar livre nas horas mais quentes do dia. Também é recomendado cuidado redobrado com a hidratação.
O tempo continuará quente na cidade nos próximos dias. Até o fim de semana, as máximas podem superar 43ºC e a umidade relativa do ar pode chegar a 8%. Há previsão de pancadas de chuva rápidas e isoladas no fim de semana, mas o calor intenso deve prevalecer na cidade pelos próximos 15 dias.
Em Bom Jesus da Lapa o dia também foi bastante quente, com máxima de 41,1ºC. Em Guanambi a máxima foi de 39,4ºC.
A onda de calor que atinge a região central do país deve durar pelo menos até o fim de semana.
As recomendações dos especialistas são para que seja evitada a exposição ao sol, as atividades físicas ao ar livre e que as pessoas se hidratem bastante.
Até o momento, a maior temperatura do país foi registrada em Nova Maringá, no Mato Grosso, e em Água Clara, no Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira (5), os termômetros das estações meteorológicas do Inmet marcaram 44,6ºC nestes municípios.
Na terça-feira (6), o recorde foi do município de Coxim, também no Mato Grosso do Sul, onde a temperatura máxima foi de 44ºC. Água Clara teve o segundo maior registro, 43,6º e a capital mato-grossense Cuiabá registrou 43ºC.
Além dos municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, os registros mostram temperaturas maiores do que 41ºC em município de Goiás, São Paulo e Paraná. Nesta quarta-feira (7), vários municípios voltaram a registrar temperaturas extremas.
Por conta dos riscos das altas temperaturas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por meio do Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos para o Sul da América do Sul, emitiu vários alertas da classificação “grande perigo” devido a uma onda de calor que deve atingir municípios dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.
Desde o último sábado (3), alguns destes alertas passaram a vigorar com a finalidade de informar os riscos das condições extremas de temperatura. A advertência é para a possibilidade de hipertermia com risco de morte, quando as pessoas são expostas a temperaturas 5ºC acima da média por período maior do que 05 dias. Nestas condições, o calor pode comprometer ou até mesmo levar à falência de órgãos, como ocorre com uma certa frequência em algumas regiões dos Estados Unidos e da Europa nos verões mais rigorosos.
A expectativa da meteorologia é que o alívio venha apenas no início da próxima semana, quando deve chover na maior parte das regiões afetadas pela onda de calor. Embora não sejam esperadas grandes precipitações, as temperaturas devem diminuir e a umidade relativa do ar deve melhorar nestas localidades.