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Brumado registra mais seis mortes de pacientes com a Covid-19

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O município de Brumado voltou a registrar número elevado de mortes causadas pelas complicações da Covid-19. Somente nesta quinta-feira (25), mais seis óbitos foram confirmados, fazendo o município chegar à marca de 115 vidas perdidas desde o início da pandemia.

A Prefeitura de Brumado e a Secretaria Municipal de Saúde não divulgam informações sobre as vítimas, como idade e local de nascimento. Esta omissão de informações à população e à imprensa ocorre desde os primeiros registros.

Brumado ainda segue com uma grande quantidade de casos ativos, 743 no total e 58 pacientes internados. Ao todo são 6.745 casos registrados em pouco mais de um ano de registros na cidade. O município foi um dos primeiros do Estado a registrar casos da doença, em 23 de março de 2020.

A escalada de mortes na cidade aumentou significativamente este mês, quando já morreram 54 pessoas, 47% do total e média de 2,16 por dia. Em sete dias, do dia 12 a 18, morreram 27 brumadenses com a Covid-19.

Com os novos registros desta quinta-feira (25), a taxa de mortalidade no município chegou a 171,6 óbitos por 100 mil habitantes, uma das maiores do Estado. Entre os principais municípios baianos, a taxa só não é menor do que as registradas em Itabuna e Ilhéus, ambas de 219 por 100 mil habitantes.

“Tratamento Precoce”

O uso de medicamentos como a hidroxicloroquina e ivermectina vem sendo frequentemente defendido por autoridades do município, inclusive pelo prefeito Eduardo Vasconcellos.

Ainda nesta quinta-feira, em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário de saúde de Brumado, Cláudio Soares Feres, também defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 usando estes e outros medicamentos. Ele também disse que tomou o kit de medicamentos e passou para que seu pai também pudesse tomar. “Fica à critério de cada um. O Município de Brumado está disponibilizando a medicação, toma quem quiser. Se o médico prescrever e o paciente quiser tomar é uma opção dele”, argumentou.

Embora bastante difundidos, os medicamentos não estão sendo usados em massa em outros países. Há diversos estudos que supostamente comprovam a eficácia dos medicamentos contra a Covid-19 e muitos que apontaram não haver benefício.

Entidades de saúde e pesquisa, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e até fabricantes dos medicamentos não recomendam o uso fora do prescrito em bula, ou seja, malária, lúpus e doenças reumáticas no casos da cloroquina. No caso da ivermectina, a bula prevê o uso do medicamento como antiparasitário.

Já o Conselho Federal de Medicina (CMF) se posiciona a favor da autonomia de cada profissional. No entanto, faz ressalvas a médicos que propagandeiam o kit como cura milagrosa da doença ou prescrevem coquetéis de remédios que podem causar danos aos pacientes. Em entrevista ao Estadão, o presidente da entidade, Mauro Ribeiro, disse que estes profissionais podem responder sindicância nos conselhos regionais.

 

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