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Registro de primeiros casos da Covid-19 em Guanambi completará um ano neste sábado

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Demorou 64 dias entre o dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia do coronavírus, em 12 de março, até a data dos primeiros registros de infectados em Guanambi, no dia 15 de maio. O município foi o último do país, entre aqueles com mais de 50 mil habitantes, a registrar a chegada da doença.

primeiros casos da Covid-19 em Guanambi ocorreram após funcionários de uma construtora, responsável pelas obras de uma linha de transmissão de energia, apresentarem sintomas da doença e serem submetidos a testes rápidos. No primeiro momento, 120 trabalhadores foram testados e 13 tiveram resultado positivo para a Covid-19, eles estavam alojados em uma pousada no bairro Belo Horizonte.

Nos dias seguintes, moradores da cidade e outros trabalhadores da mesma empresa também testaram positivo e todos os infectados no primeiro surto se recuperaram da doença. À época, com objetivo de frear o avanço da contaminação, a Prefeitura de Guanambi decretou pela segunda vez o fechamento do comércio classificado como não essencial e retrocedeu em vários pontos de flexibilização, resultantes do primeiro fechamento, ocorrido entre o fim de março e o início de abril, bem no início da pandemia.

Foram mais 99 dias até o surgimento do primeiro óbito, em 22 de agosto. O município também foi o último do país entre aqueles com mais de 50 mil habitantes a registrar mortes relacionadas à Covid-19.

Do registro do primeiro caso, até o milésimo, no dia 2 de novembro, foram 170 dias, enquanto que nos 36 dias seguintes este número dobrou para dois mil casos e dobrou novamente, para 4 mil casos no início de março, 75 dias depois. Nesta quinta-feira (13), o número total e infectados é de 6.832.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

Em relação aos óbitos, o total registrado em 2021 é quase 300% maior do que as ocorrências de todo o ano de 2020. Foram 15 óbitos de agosto a dezembro e outros 57 de janeiro a meados de maio deste ano. A circulação de variantes do vírus no cidade, com possível maior potencial letal e de contaminação, além do afrouxamento das medidas de isolamento social, provavelmente contribuíram para o aumento de casos e de mortes nos últimos meses.

Segundo o boletim epidemiológico desta quinta-feira, mais 44 casos foram confirmados nas últimas 24 horas, totalizando 246 casos ativos. A média móvel de novos casos diários está em 39,7 e ainda restam 269 pacientes com suspeita da doença aguardando resultado dos exames laboratoriais.

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

Após seis semanas de tendência de queda, o número de casos voltou a subir. De domingo (9) a quinta-feira (13), 197 casos foram confirmados e o acumulado até sábado (15) deve ultrapassar os registros das duas semanas anteriores, quando foram registrados 245 e 240 casos respectivamente. A projeção leva em consideração o número elevado de pacientes aguardando os resultados dos exames laboratoriais.

Desde meados de fevereiro, medidas de distanciamento e isolamento social foram retomadas em Guanambi para tentar frear a contaminação e evitar ainda mais mortes. Entretanto, as últimas semanas foram marcadas por flexibilizações e por registros de descumprimento das medidas sanitárias, como realização de aglomerações, principalmente no fim de semana.

Entre as principais medidas ainda em vigor está o toque de recolher noturno, estabelecido das 22h às 5h, período no qual está restrito a circulação noturna de pessoas. No início do mês, o prefeito em exercício Nal Azevedo (DEM), chegou a afirmar que a vontade da gestão era de abrir gradativamente todas as atividade, Já nesta semana, após assumir a prefeitura por conta da licença do prefeito Nilo Coelho (DEM), Nal fez um apelo à comerciantes e clientes de bares para que não provoquem aglomerações e force o município a retroceder nas flexibilizações.

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