Um novo recorde de atendimento no Pronto Atendimento da Covid-19 foi registrado em Guanambi nesta segunda-feira (24). Ao todo, 154 pessoas procuraram a unidade de saúde relatando sintomas da doença. Este é o maior número de atendimentos diários desde o início do funcionamento do serviço.
Segundo os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, três pacientes foram internados, outros três ficaram em observação e oito foram encaminhados para Hospital de Campaha (UniFG). Durante o dia foram 118 atendimentos e a noite mais 36.
O número de atendimentos desta segunda-feira superou em muito o recorde anterior, de 122 atendimentos, registrado em 2 de março. Na semana passada, a unidade registrou dois picos de 119 atendimentos diários.
A alta do número de atendimentos reflete diretamente no número de casos. Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado na noite desta segunda-feira, 274 pessoas estão com o vírus ativo e outras 446 aguardam resultado dos exames. São 35 pacientes internados, 17 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais de referência, sendo três em estado de saúde considerado grave. Até o momento, 79 pacientes de Guanambi com a doença evoluíram a óbito, o último foi registrado nesta segunda-feira (24).
Mesmo com os números alarmantes, a Prefeitura de Guanambi optou por não editar novas normas restritivas de isolamento físico. Um novo decreto foi editado apenas prorrogando as medidas já existentes, como toque de recolher a partir das 21h e proibição da venda de bebidas alcoólicas aos fins de semana.
A grande demanda por cuidados médicos deve refletir drasticamente na disponibilidade de leitos para tratamento da doença. Segundo a última atualização da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), todos os leitos de UTI disponíveis em Caetité, Guanambi e Brumado estão ocupados. Ao todo, são 40 leitos nestas três cidades. Em Vitória da Conquista, onde há 70 leitos, 59 estão ocupados. Ainda segundo a Sesab, na noite desta segunda-feira havia 19 pacientes da região aguardando o resultado dos exames.
Os dados mostram que há pressão hospitalar em várias regiões do Estado, com cenário de colapso próximo de ser concretizado. Ao contrário de março, quando ocorreram picos de internações em algumas regiões, desta vez, os números são preocupantes em todas as partes do Estado. Dos 1.598 leitos de UTI disponíveis em todas a Bahia, 1.327 estão ocupados, o que equivale a 83%.