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Moradores de Guanambi denunciam descarte irregular de materiais hospitalares em via pública

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Moradores do bairro Ipanema, em Guanambi, denunciaram um descarte irregular de material hospitalar. Os utensílios foram encontrados nesta quinta-feira (27), na rua 35, logradouro que cruza à avenida que dá acesso ao bairro Monte Azul.

Conforme apurou a Agência Sertão, vários frascos e materiais cortantes e pontiagudos foram descartados no meio da via. Aparentemente, os objetos foram colocados em um coletor de materiais perfurocortantes, no entanto, a caixa pode ter se rompido após ser arremessada ao solo.

De acordo com os moradores, a prática de descarte de resíduos vem sendo recorrente nas imediações do bairro, sobretudo, a partir das 18h.

A reportagem não conseguiu identificar os responsáveis, mas a denúncia já foi formulada à Vigilância Sanitária de Guanambi. Segundo a diretoria, Luciana Neves, um fiscal foi enviado ao local para o recolhimento e destinação adequada do material.

Por meio de nota enviada à reportagem, o órgão afirmou que já atua na prevenção dessas situações e todas as unidades de saúde e de interesse a saúde são cadastradas no departamento. Elas possuem o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde e contrato com empresas especializadas em coleta destes resíduos.  “São pré-requisitos para o licenciamento Sanitário, estabelecidos na RDC 222/2018, no qual regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, além disso, a vigilância cobra documentos que comprovem que estas coletas estão sendo realizadas regularmente”, acrescentou a nota.

Além de poder causar lesões e contaminação aos seres humanos e animais, por meio do contato direto, medicamentos descartados no meio ambiente podem desencadear diversos problemas: à água, ao solo e também à saúde pública. Várias pessoas descartam medicamentos no lixo ou na rede de esgoto por falta de informação. Em Guanambi, pouco se discute sobre essa problemática, mas existe uma forma correta de desfazer do fármaco inutilizável.

Em 2018 a farmacêutica, Paula Leane, conversou com a reportagem da Agência Sertão sobre o procedimento utilizado para o descarte. “Aqui na farmácia nós temos uma empresa responsável por fazer a coleta a cada 15 dias, tanto dos medicamentos, quanto dos perfis cortantes presentes”, explica.

Segundo a farmacêutica, é provável que em cada farmácia na cidade, exista uma empresa responsável pela coleta, além da necessidade de uma política de incentivo para o descarte correto. Ela explica que os farmacêuticos e balconistas da sua rede de farmácias são treinados a orientar os clientes, quanto aos problemas causados pelo descarte indevido. Apesar das orientações, a farmacêutica advertiu que a procura por esse serviço é pequena.

Em 2009 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) editou a resolução RDC n. 44 que permite a participação de farmácias e drogarias em programas de coletas de resíduos domiciliares de medicamentos no país. Várias farmácias estão disponíveis para fazerem a coleta adequada dos medicamentos vencidos, frascos e materiais cortantes e pontiagudos, assim como as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Se esses locais indicados não fizerem a coleta, procure a Vigilância Sanitária.

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