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Filhotes de lobos-guarás serão reintroduzidos à natureza em Luis Eduardo Magalhães

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Três filhotes de lobos-guarás serão reintroduzidos em seu habitat natural nesta semana em uma propriedade rural de Luís Eduardo Magalhães. O procedimento realizado pelo projeto Parque Vida Cerrado é a segunda experiência desta natureza realizada no Brasil — a primeira ocorreu na Serra da Canastra, em Minas Gerais, em 2016.

Os animais serão transferidos para um recinto de reabilitação, construído em uma área de propriedade rural parceira do projeto, dando início à fase de pré-soltura. Conforme explica a bióloga e coordenadora do Parque Vida Cerrado, Gabrielle Bes da Rosa, no portal do projeto, a reintrodução e soltura de filhotes órfãos de lobo-guará é uma realidade no Brasil e, também, um desafio, gerando grande expectativa. “Pouco se sabe sobre projetos nacionais de reintrodução bem-sucedidos envolvendo estes carnívoros, devido à demanda de tempo de pesquisa e alto custo envolvido”, afirma.

Segundo o projeto, os resultados gerados poderão ser aplicados futuramente em todas os locais em que a espécie esteja presente. O lobo-guará, inclusive, está ameaçado de extinção na região. “A elaboração desses protocolos é urgente porque faz parte de uma linha de ação que não beneficiará um único animal e, sim, uma espécie inteira símbolo do Cerrado e maior canídeo das américas que, inclusive, está ameaçada de extinção em nossa região. A ação é de extrema importância para o manejo e conservação da espécie”, completa Gabrielle.

O projeto teve início ainda no segundo semestre do ano passado. Na oportunidade, o Parque Vida Cerrado foi escolhido, após tratativas entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), para receber três filhotes órfãos de lobos-guarás (Caliandra, Seriguela e Baru) e conduzir o desenvolvimento de um protocolo para reabilitação e posterior soltura, evitando-se a manutenção desses em instituições de fauna sob cuidados humanos (criadouros ou zoológicos), em caráter permanente.

Inclusive, desde o recebimento dos filhotes, o Parque adoto uma série de protocolos, que envolveram ações para remanejamento de espaço e preparação de recinto temporário em suas instalações, aquisição de equipamentos de monitoramento, fornecimento de alimentação e manutenção em ambiente adequado e com total isolamento, evitando-se a resposta positiva dos animais à presença humana.

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