O Ministério Público Estadual (MP-BA) recomendou uma série de medidas para sanar irregularidades detectadas na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Municipal de Caetité (Unacon). A unidade é, atualmente, responsável pelo atendimento de urgência e emergência de casos da Covid-19 na região.
A recomendação foi emitida nesta quinta-feira (29), pelas promotoras de Justiça Tatyane Caires e Daniele Chagas e endereçada ao secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, ao prefeito de Caetité, Valtécio Aguiar, e ao presidente da Fundação Gonçalves e Sampaio, Almir Gonçalves. Elas recomendaram que os responsáveis adotem as medidas no prazo de dez dias.
Também foi recomendado que o secretário, o prefeito e o presidente da Fundação responsável pela gestão da unidade não autorizem a realização de procedimentos cirúrgicos até que sejam corrigidas as não conformidades graves apontadas nas inspeções realizadas por técnicos do Núcleo Regional de Saúde Sudoeste em novembro de 2020, fevereiro e junho de 2021, que classificaram a unidade de saúde como de risco potencial.
O MP-BA ressalta que a unidade foi criada para prestação de serviços do SUS, sendo, ambulatorial, internação, serviço de apoio diagnostico e terapêutico, unidade transfusional, serviço de oncologia clínica e cirúrgica. Diante do contexto pandêmico, o Governo do Estado adaptou a unidade para atendimento dos casos de Covid e criou, com autorização do Ministério da Saúde, 10 leitos para atendimento desses casos.
No entanto, a unidade, de gestão dupla, com administração terceirizada para a Fundação Gonçalves de Sampaio, opera atualmente com 30 leitos de UTI-Covid. As promotoras de Justiça relatam que não há notícias de ato municipal autorizando tais modificações, nem sobre concessão de licença sanitária pelo órgão estadual competente para o funcionamento dessa nova estrutura, bem como de investimentos na contratação de serviços.
No entendimento das promotoras, a proposta de alterar as características originais do hospital (oncologia) para realização de cirurgias e internação na área da Unacon, tendo havido o remanejamento de pacientes de cuidados intensivos Covid para enfermaria, que foi adaptada como UTI, não encontra respaldo legal.
Diante da situação, as promotoras de Justiça recomendam, ainda, ao Núcleo de Engenharia da Divisa do Estado da Bahia que realize a imediata análise de todas as alterações estruturais e procedimentais realizadas na Unacon nos últimos seis meses, adotando-se as medidas cabíveis, uma vez comprovada a falta de compatibilidade com o projeto arquitetônico inicialmente aprovado.
Inconformidades apontadas na inspeção de julho
Na inspeção de novembro, foi detectado que o necrotério havia sido construído em uma área inapropriada, em frente à entrada de alimentos e saída dos resíduos da cozinha; alarme de incêndio sem funcionar, presença de funcionários realizando a higienização do ambiente sem uniforme (usando a própria roupa), sem EPI e sem treinamento/orientação para realizar a limpeza adequada dos mobiliários, equipamentos e demais superfícies, dentre várias outras deficiências. A inspeção foi realizada um dia antes da inauguração da unidade, que abriu as suas portas e logo suspendeu as atividades em razão de problemas estruturais e de funcionamento.
Esta postagem foi publicada em 31 de julho de 2021 19:25
Sete apostas acertaram as 15 dezenas do concurso 3090 da Lotofácil, sorteado na noite deste…
Em um movimento estratégico para consolidar sua liderança em voos e destinos no Brasil, a…
Está terminando o prazo para inscrições no processo seletivo simplificado aberto pela Prefeitura de Salvador,…
A Santa Casa da Bahia, instituição filantrópica responsável por manter e administrar unidades de saúde…
O Assaí, uma das maiores redes de supermercados atacadistas do Brasil, está com muitas vagas…
Quem está a procura da estabilidade de um emprego público tem várias opções em prefeituras…