Nesta segunda-feira (20), um avião da Azul Linhas Aéreas vai cortar o céu de Guanambi e pousar pela primeira vez na pista do Aeroporto Municipal Isaac Moura Rocha. A companhia fará quatro voos semanais, saindo sempre às 13h de Belo Horizonte e regressando para o mesmo destino às 15h30, às segundas, quartas, sextas e domingos.
Para o trajeto, a empresa vai disponibilizar um avião do modelo turboélice ATR-72-600. As aeronaves do tipo usadas pela Azul são relativamente novas, com ano de fabricação a partir de 2010. Elas são fabricadas pela empresa Ítalo-Francesa Avions de Transport Régional, que em português significa aeronaves de transporte regional. Atualmente, a AirBus, tradicional fabricante de aviões, é uma das controladoras da ATR.
Como o próprio nome já diz, este tipo de avião é usado para atender à aviação regional, sendo mais eficiente em curtas distâncias e com capacidade para operar em aeroportos onde aviões a jato não são permitidos, pois estre outras características, exigem menor cumprimento de pista
O principio de funcionamento dos aviões turboélice é parecido com dos modelos de motor a jato. O ATR-72 tem capacidade para voar a até 509 km/h (velocidade de cruzeiro) e decola com peso de até 23 mil quilos. A autonomia de voo é de aproximadamente 1.500 quilômetros, suficiente para ir de Belo Horizonte a Guanambi e voltar, pois a distância entre as duas cidades em linha reta é de cerca de 700 quilômetros.
O número 72 significa a capacidade máxima de passageiros, que pode ser de 68 a 72, dependendo da configuração. No caso da Azul, os aviões deste tipo estão configurados para 70 lugares, com quatro fileiras de poltronas divididas por um corredor.
Ele viaja a até 25 mil pés (7.620 metros), mas geralmente não passa de 18 mil, metade da altitude de aviões a jato. Esta limitação de altitude é uma vantagem para viagens de distâncias menores. Por causa disso, neste tipo de aeronave é mais comum a ocorrência de turbulência, pois o voo ocorre perto das formações meteorológicas. Apesar do desconforto e do medo que podem causar, as turbulências são comuns e não comprometem a segurança da viagem.
Ao contrário dos aviões maiores, o ATR não precisa de escadas externas para acesso dos passageiros. A própria porta se transforma em uma escada quando aberta, mais uma vantagem para a aviação regional em relação aos aviões maiores.
Por dentro, apesar de menor, o ATR-72 é parecido com outros aviões usados pela Azul e todo o interior também é pressurizado. O compartimento de bagagens fica na parte da frente, entre a cabine do piloto e os passageiros.
O ATR-72 possui as mesmas tecnologias de navegação dos grandes aviões usados no avião comercial pelo mundo, atendendo aos mesmo critérios de segurança operacional.
Este é o maior avião autorizado a operar no aeroporto de Guanambi. Em fevereiro do ano passado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concedeu certificação especial para operação desde modelo, o que viabilizou a chegada da Azul à cidade.
A venda de passagens foi iniciada em 5 de agosto, um mês depois da última visita técnica da equipe da Azul ao aeroporto, que passou por muitas transformações nos últimos anos para estar preparado para operar comercialmente.