A Petrobras vai aumentar em 7,2% os preços do litro da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. Os aumentos nas refinarias ocorrem após 58 dias sem reajustes por parte da empresa. A última mudança nos preços da gasolina ocorreu no dia 11 de agosto.
De acordo com a estatal, os novos preços são válidos a partir deste sábado (8). Com a alta, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras, para as distribuidoras aumentará em R$ 0,20, passando de R$ 2,78 para R$ 2,98 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, o aumento será de R$ 0,15 por litro e pode passar de R$ 0,30 para o consumidor nas bombas, levando em conta a incidência dos outros custos, margem de lucro e incidência de impostos.
Na gestão de Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, este foi o terceiro aumento no preço da gasolina . Desde que o general da reserva assumiu a presidência da petroleira, em abril, a companhia tem optado por reduzir a frequência nos reajustes dos combustíveis, de modo a evitar repassar volatilidades no câmbio e no preço do barril no mercado internacional aos consumidores.
De acordo com o Valor Econômico, as estimativas da consultoria Stonex e da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), apontam que o reajuste da Petrobras é insuficiente para eliminar a defasagem dos preços da gasolina praticados pela estatal, em relação ao preço de paridade de importação (PPI).
Segundo a Stonex, a estimativa é de que a defasagem da gasolina caiu praticamente pela metade, para cerca de R$ 0,20 por litro.
Já o GLP não era reajustado há 95 dias. A partir de sábado, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,60 para R$ 3,86 por quilo, o equivalente a R$ 50,15 pelo botijão de 13 quilos (P13).