O Instituto de Ciganos do Brasil (ICB) enviou um ofício ao deputado Adolfo Menezes, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), solicitando a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as mortes dos ciganos em Vitória da Conquista e região.
Entre os assassinados, estão também um adolescente e um empresário não ciganos. “Motivados pelas suspeitas de que alguns ciganos foram torturados, ameaçados e mortos pela polícia em Vitória da Conquista e região, conforme decorrente das mortes de dois policias P2, no Distrito de José Goncalves, em 13 de julho”, explica o instituto sobre o pedido.
Entre os motivos e provas para a instauração da CPI, o instituto cita a investigação desarticulada entre a polícia civil e a polícia militar; e a fragilidade no acolhimento das testemunhas pelo programa PROVITA; e o risco de novas execuções.
Eles ainda afirmam que os “policiais justiceiros querem matar, não querem prender”, e falam que policiais militares receberam elogio individual pelas mortes de três Ciganos
em Anagé.
Ao todo, oito ciganos, todos irmãos, foram mortos de forma brutal em diversas cidades no sudoeste do estado, incluindo Conquista, Anagé e Itiruçu. Os crimes começaram a acontecer depois que o tenente Luciano Libarino Neves e o soldado Robson Brito foram mortos no município, em julho. Desde então, a Polícia Militar iniciou a caçada contra os suspeitos do crime.
“Não iremos aceitar que os Ciganos inocentes sejam vítimas de ação truculência absurda e desnecessária. Os “criminosos” devem responder na justiça pelos seus atos”, afirma o ICB no documento.
Informações publicadas pelo Metro1