As famílias que estão ameaçadas pela águas do Rio Pardo já começaram a embarcar nos helicópteros do Exército, no povoado de Barreiro, localizado no distrito de Cercadinho, na manhã desta quarta-feira (29). Os moradores estão em risco devido o aumento da vazão da barragem de Machado Mineiro, em Minas Gerais.
As vítimas estão sendo levadas até o campo de futebol do distrito de Inhobim e serão encaminhadas para o abrigo montado pela prefeitura na Escola Municipal Frei Serafim do Amparo, no bairro Vila Serrana. Outro abrigo está montado na Escola Municipal Frei Serafim, no bairro Zabelê.
A operação tem o apoio de um helicóptero modelo AS 365 K2 do Exército Brasileiro, com capacidade para dez pessoas, além da tripulação. E outro helicóptero, um Eurocopter EC 725 Caracal ou Jaguar, com capacidade de transportar 28 pessoas.
As duas aeronaves farão o transporte das pessoas até Inhobim, onde dois ônibus da Prefeitura estão esperando para fazer o transporte daqueles que irão para a cidade.
Segundo a prefeitura, 110 pessoas estão isoladas e ameaçadas pela cheia do Rio Pardo, provocada pela água liberada da barragem de Machado Mineiro, em Minas Gerais, que ultrapassou muito a cota por causa das chuvas fortes.
A operação foi definida em reunião no início da manhã desta quarta-feira (29), no CPRSO, com o coronel Ivanildo Silva, comandante regional da PM, o coronel Júlio Nascimenrto, comandante do Corpo de Bombeiros em Vitória da Conquista, o secretário Chefe da Casa Civil, Lucas Dias, o coordenador de equipamentos da Prefeitura, Lucas Batista, e os pilotos das aeronaves.
Mãe e filha foram resgatadas no distrito de José Gonçalves
Dona Corina Santos, de 82 anos, é acamada, sofre de hipertensão e asma e necessitava de atendimento médico devido a uma piora do seu estado de saúde, mas a família não tinha como leva-la para a cidade porque as estradas da região estão intransitáveis por causa das chuvas forte.
A filha de dona Corina, Aldenice Sousa, contou que recorreu ao apoio da Defesa Civil Municipal para conseguir levar a mãe para a cidade. “Só assim que nós conseguimos sair de lá, porque por terra não tinha como sair, as estradas acabaram tudo. Tentamos sair antes, mas foi o maior sofrimento. Foi Deus mesmo”, relatou Aldenice, muito emocionada.