O preço da gasolina vai subir na Bahia mais uma bez após o anúncio de um novo aumento de preços por parte Acelen, empresa pertencente ao fundo árabe Mubadala, responsável pela gestão da antiga refinaria Landulpho Alves Mataripe, privatizada pela Petrobras no ano passado.
Com o reajuste, a gasolina tipo A, sem adição de etanaol, vai ficar R$ 0,074 mais cara. Já o diesel S10 encareceu R$ 0,052. Ao contrário da estatal, a empresa privada não informa o aumento percentual nem o valor final dos produtos, apenas o valor adicionado no reajuste.
Na última semana, a Acelen já havia praticado aumento ao reajustar os preços em R$ 0,1956 para o diesel e de R$ 0,0468 para o litro da gasolina.
O primeiro aumento após a privatização, finalizada no fim de novembro, começou a vigorar no dia 1º de janeiro. No acumulado do ano, a gasolina está custando R$ 0.25 a mais em relação ao fim de 2021.
A refinaria de Mataripe representa 14% da capacidade de refino no país. Com a privatização, a Acelen tem liberdade para praticar seus preços com independência daqueles praticados pela Petrobrás. O fundo Mubadala pagou, ao todo, US$ 1,8 bilhão pelo ativo no processo de privatização.
Outro anúncio que vai mexer com os preços dos combustíveis é o fim do congelamento do valor de referência do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Desde novembro, as secretarias de Fazenda dos estados não estão atualizando o valor para cobrança, calculado com base no preço médio de venda aos consumidores.
Na Bahia, o valor para incidência do ICMS da asolina, cuja a alíquota é de 28%, ficou congelado em R$ 6,04. Para cada litro do produto, o Estado recolhe R$ 1,69 relativos ao imposto.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ainda não divulgou a pesquisa de preços desta semana. Anteriormente, o preço médio da gasolina na Bahia eatava em R$ 6,80.