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Prefeitura de Guanambi emite nota de pesar pelo falecimento do empresário Carlos Bonfim

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A Prefeitura de Guanambi emitiu uma nota de pesar neste domingo (20) pelo facelimento do empresário Carlos Newton Vasconcelos Bonfim, ocorrido nesta madrugada, em São Paulo.

Natural de Brumado, Carlos Bonfim tinha 73 anos. Ele construiu sua carreira empresarial em Guanambi há várias décadas, com o desbravamento do Vale do Iuiú para culturas de algodão. A nota da prefeitura destaca que o trabalho empreendido à época impulsionou e mudou realidade e a economia regional.

Carlos era irmão de João Bonfim, ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e tio do deputado estadual Vitor Bonfim. O empresário deixa esposa, cinco filhos, além dos netos.

O velório será ao meio dia desta segunda-feira (21), no Salão da Pai Bahia, em Guanambi. Já o sepultamento está marcado para as 15h, no Cemitério Municipal.

De acordo com a família, Carlos Bonfim estava em tratamento médico no Hospital Albert Einsten, em São Paulo. A causa da morte não foi informada.

Cidadão de Guanambi e do Mato Grosso

Carlos Bonfim recebeu em 2009 o título de Cidadão Guanambiense, concedido pela Câmara de Vereadores. A homenagem foi em reconhecimento a seu trabalho empresarial e visionário ao logo de sua trajetória empreendedora, sendo considerado um dos maiores produtores de algodão do Norte/Nordeste dos últimos tempos.

Ante de se tornar cidadão guanambiense, em 2002, ele recebe o títudo de Cidadão Mato-Grossense da Assembléia Legislativa, por sua trajetório no empreendedorismo comercial na cidade de Rondonópolis. Bonfim foi um dos fundadores e presidiu a Associação dos Produtores de Algodão, bem como a Associação de Beneficiadores de Algodão do Estado da Bahia.

Breve biografia de um sertanejo visionário

Em 23 de setembro de 1948, na cidade de Brumado- BA nasceu Carlos Newton Vasconcelos Bonfim, sendo o terceiro dos sete filhos do casal Maria de Lourdes Vasconcelos Bonfim e José Bonfim da Silva. Ainda jovem, despertou interesse pelo comércio atacadista, seguindo uma tradição da família Bonfim. Casou-se em 1971, na cidade de Guanambi- BA, com Kátia das Graças Macedo Bonfim, onde passou a residir. E dessa união nasceram seus filhos: Carla Katharine, Carlos Newton Vasconcelos Bonfim Júnior, Lara, José Bonfim Neto e Milena Luisa.

Na década de 70, o Estado da Bahia destacou-se como produtor de algodão (3º maior do Brasil), sendo o Vale do Iuiu, na região do médio São Francisco, o local onde concentrou-se a maior parte dos quase 500.000 hectares plantados do chamado Ouro Branco. Com esse novo mercado, seu tino comercial e, mais uma vez, a tradição de família, já que seu avô materno beneficiava algodão em Brumado – BA levou o jovem empresário a ingressar no ramo do plantio e da comercialização, criando no ano de 1976 a Bial Algodoeira, onde implantou a sua primeira usina beneficiadora, tendo alcançado a ambiciosa meta de funcionar 10 unidades em Guanambi e região, chegando, também, a cultivar 6.000 hectares. Com competência e muito trabalho, firmou-se na atividade, tornando-se o maior beneficiador do Norte-Nordeste e referencia nacional.

Com o surgimento da “Praga do Bicudo” no sudoeste da Bahia, no início da década de 90, a cultura do algodão no Estado entrou em crise, oportunidade em que a Bial, através do seu Diretor-presidente Carlos Bonfim, buscou a diversificação dos seus ativos, no ramo de revenda de automóveis, criando as subsidiárias Bial Veículos, na grande Salvador, e, em Brasília, também, adquiriu uma fábrica da Coca-Cola em Vitória da Conquista – BA. Nessas atividades sentiu-se à vontade, o que o levou a pesquisar em várias regiões do país um local que lhe proporcionasse condições de retornar ao negócio do qual é profundo conhecedor e que, efetivamente, gostava de fazer, que é plantar e beneficiar algodão.

Resultou tais pesquisas a uma visita, no ano de 1994, ao Estado do Mato Grosso, onde a sua agregada percepção lhe indicou a cidade de Rondonópolis como seu novo eldorado, em função do franco desenvolvimento e qualidade das terras e seu povo hospitaleiro. No ano seguinte, a Bial já inaugurava a sua primeira unidade beneficiadora nesta cidade e, a partir daí, com o significativo crescimento da produção, houve, também, o aumento de novas instalações industriais em várias regiões do Estado, gerando milhares de empregos para pessoas que vinham de todo o Brasil. (Fonte: Prefeitura de Guanambi.

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