Evento em Vitória da Conquista discutirá a presença de mulheres negras nos espaços de poder nesta segunda

O Conselho Municipal da Mulher de Vitória da Conqusita promove, nesta segunda-feira (25), uma mesa redonda para discutir “Mulheres Negras nos Espaços de Poder”. O evento acontece a partir das 14h, na Rede de Atenção e Defesa à Criança e ao Adolescente.

A atividade acontece em homenagem ao Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho, e é aberto a toda a comunidade interessada.

Participarão da mesa, ajudando a levantar as discussões e reflexões em torno do tema, as convidadas Nubia Moreira, professora da Uesb e representante do Conselho da Mulher; Ya Rosa d’Oxum, presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial; Laiz Gonçalves, articuladora cultural e social do Beco da Dôla; e Nildma Ribeiro, diretora da União Brasileira de Mulheres (UBM) e da União de Mulheres de Vitória da Conquista (UMVC).

Banner da Mesa Redonda Mulheres Negras nos Espaços de Poder - Vitória da Conquista
Reprodução

A professora Nubia explicou a escolha do tema citando a filósofa Lélia Gonzalez, ao dizer que o lugar da mulher negra na sociedade brasileira historicamente é considerado um lugar de não fala, de quem não é digna de representação.

Recentemente, a trajetória de luta dos movimentos de mulheres negras tem conseguido quebrar alguns desses estereótipos e opressões nos lugares de poder das instituições, sejam elas educacionais, jurídicas, legislativas ou empresariais.

“Pensar a mulher negra nos espaços de poder é pensar também que precisamos nos acostumar com essa presença. E, mais que acostumar, reforçar que nesses espaços a presença das mulheres negras é de fundamental importância para a ampliação dos direitos, da democracia, da diversidade e da diferença que se exige numa sociedade em que a maioria da população é negra e feminina”, explicou Nubia Moreira.

O Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha foi criado em 1992, na República Dominicana, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas. A data vem para propor reflexões sobre a luta histórica das mulheres negras contra a opressão de gênero, a exploração e o racismo. No Brasil, o 25 de julho também faz uma homenagem a Tereza de Benguela, líder quilombola que teve papel de grande relevância na resistência à escravidão em comunidades negras e indígenas no século XVIII.

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