Durante a 7ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília/DF, nesta quinta-feira (28), o Ministério da Saúde anunciou que vai instaurar um Centro de Operação em Emergências (COE) para acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a varíola dos macacos, conhecida como monkeypox, no país.
O COE será inaugurado na sexta (29). Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. A previsão é que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com a solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Para participar do colegiado do COE foram convidados membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes de outras secretarias do Ministério da Saúde, além da própria Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).
“O esquema de imunização deve ser de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas. Já estamos em tratativas com as fabricantes para adquirir os imunizantes. O COE vai acompanhar todo o processo pandêmico em relação à monkeypox”, destacou Medeiros.
Segundo o Ministério da Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS), neste momento, recomentou a vacinação para os contactantes de pessoas infectadas e para os profissionais de saúde. No último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta quinta (28), o Brasil já registrava 978 casos confirmados da doença.
Causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas. A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados.
A transmissão por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação.
Mesmo quando não havia nenhum caso no Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu um fluxo de vigilância ativa para o País. Foi definido o que seria um caso suspeito, um caso confirmado e um caso descartado. Também foi imediatamente determinado um fluxo para o diagnóstico e testagem.