A saúde mental tem sido tornado uma temática cada dia mais importante, especialmente, após a pandemia de Covid-19. Em Guanambi, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II Beija-flor tem desenvolvido diversas oficinas terapêuticas para auxiliar nesse tratamento. Dentre elas, merece destaque o Projeto de Horticultura.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. Ainda segundo o órgão, a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.
Os Caps fazem parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles são unidades que prestam serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituído por equipes multiprofissionais, que empregam diferentes intervenções e estratégias de acolhimento, como psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional, reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares, entre outros.
A unidade Beija-flor é um Caps II. De acordo com o Ministério da Saúde, esse tipo de instituição de saúde responsável pelo atendimento a usuários com transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, e que atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
Como projeto complementar para auxiliar no tratamento dos usuários, o Caps II Beija-flor tem desenvolvido, desde meados de 2021, o Projeto de Horticultura. Além de estimular a criatividade e a memória visual, a jardinagem ajuda a melhorar a atividade motora e tem um efeito, ao mesmo tempo, motivador e relaxante.
De acordo com o órgão, ela é indicada tanto para a manutenção da saúde em idosos quanto para o tratamento de dependentes químicos e pessoas com transtornos mentais ou neurológicos.
A prática da horticultura auxilia na prevenção do estresse, depressão e sedentarismo; aumenta o autocontrole; diminui a ansiedade e melhora o humor.
Além de todas essas vantagens, as verduras, legumes e frutas produzidos com o projeto têm ajudando, ainda, a enriquecer a alimentação dos usuários da instituição com produtos cultivados sem o uso de agrotóxicos.
Os responsáveis pela oficina de horticultura já têm começado a avaliar o efeito do uso de atividades de produção de hortaliças como técnica de auxiliar no tratamento de pacientes com sofrimento mental, como a melhora na convivência, a sociabilidade e elaboração de processos internos.
Para conhecer melhor sobre o projeto, como é possível contribuir e ter acesso às demais terapias realizadas no Caps II Beija-Flor, entre em contato com órgão, localizado na Avenida Joaquim Chaves, nº 390, Bairro Santo Antônio, ou acesse seu perfil do Instagram Caps Beija-Flor.