O ambientalista Saulo Castro, servidor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Lagoa da Prata, cidade da Região Central Mineira, fez novas imagens da sucuri de mais de cinco metros de cumprimento que vive em um canal às margens do rio São Francisco, em uma localidade do município.
O vídeo mais recente da sucuri foi publicado no último domingo (6). A cobra fica em uma região de várzea do rio, conhecido como Tabocas, e pode ser uma das maiores do mundo da espécie já filmada.
Saulo apelidou o animal de “Cotoca” pelo fato dela ter uma amputação na cauda, marca que tornou possível identificar que a serpente é a mesma vista anteriormente na localidade. Nas novas imagens, ela aparece tranquila tomando sol e descansando em meio a vegetação.
“Pelo visto ela não tá querendo embora não. Está aqui no mesmo lugar, tranquila. Eu achei que ela já tinha ido embora, já tinha descido a várzea, mas ela continua por aqui”, destacou.
A cobra foi vista pela primeira vez em 2019 e voltou a aparecer em setembro deste ano. Desde então, a Secretaria de Meio Ambiente tenta monitorá-la para garantir a sua preservação.
O Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama) chegou a ser consultado sobre uma possível transferência do animal para uma área de preservação na região. No entanto, o órgão orientou apenas que a pasta municipal continue monitorando o local onde está a sucuri.
De acordo com o Biólogo Henrique, especialista em serpentes que possui um canal com milhares de inscritos e seguidores na redes sociais sobre o assunto, a sucuri de Lagoa da Prata pode ser a maior já registrada em vídeo.
Até então, de acordo o biólogo, o maior animal da espécie já medido tinha 5,21 metros. Pelas medidas da Secretaria de Meio Ambiente, a sucuri gigante do rio São Francisco tem 5,30 m, aproximadamente, medida que pode não ser muito precisa por conta da dificuldade de medir o animal vivo.
“Sem sobra de dúvidas é a maior sucuri que eu já vi, em toda a minha vida”, disse Henrique em um vídeo publicado no seu canal.
A sucuri verde, também conhecida como Anaconda e pelo nome cientifico “Eunectes murinus”, está entre as maiores serpentes do planeta. Ela ocorre no Brasil e em várias outras partes da América do Sul, como Colômbia, Paraguai, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Trindade e Tobago.
Saulo de Castro destaca sempre a necessidade de preservação do animal e de todas as espécies silvestres da margem do rio São Francisco. Ele destaca que o animal é dócil e não oferece risco eminente às pessoas, devendo ser evitado apenas a invasão de seu habitat.
Os acidentes envolvendo humanos são raros. Estes animais tem preferência por peixes, outras serpentes e mamíferos, como capivaras e pacas. Eventualmente, em situação de descontrole ambiental,