De forma gratuita, os alunos do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Itapetinga, realizam, há 10 anos, o projeto de extensão “EngenhAção”.
O projeto proporciona o acesso da comunidade a cursos e palestras sobre processamento de alimentos, boas práticas de fabricação e transformações das matérias primas.
Coordenado pela professora Cristiane Patrícia, do Departamento de Tecnologia Rural e Animal (DTRA), a iniciativa trouxe, neste ano, a proposta de estreitar, ainda mais, as relações entre a Universidade e a comunidade, com foco no público das escolas fundamentais.
Já passaram pelo campus de Itapetinga, aproximadamente, 300 crianças e adolescentes, que participaram de oficinas e conheceram os espaços e laboratórios, por meio de visita guiada.
Ao chegarem ao campus, os alunos conhecem os setores, laboratórios e demais dependências. Em seguida, é hora de conhecer mais sobre a atuação do engenheiro de alimentos.
Nesse momento os estudantes dão início às práticas em oficinas temáticas, que trabalham conteúdos sobre química de alimentos, engenharia, microbiologia de alimentos, tecnologia de alimentos, análise sensorial, entre outros.
De acordo com coordenadora, as atividades desenvolvidas nas oficinas cumprem a função, também, de informar e esclarecer dúvidas sobre o processamento de alimentos. “Nessas ações, podemos abordar temas que ajudam os participantes no dia a dia, como consumidores. Tivemos, por exemplo, uma oficina temática que envolveu curiosidades sobre processamento de pipoca”, conta Oliveira.
Para Crislei Bastos, professora do Colégio Municipal José Marcos Gusmão, essa proximidade entre o Ensino Fundamental e a Uesb é muito relevante para que os alunos percebam da Universidade como uma realidade possível.
“Conhecendo a Uesb, eles terão mais interesse e perceberão que ingressar em uma universidade não é uma realidade tão distante. É uma realidade que está próxima, mas muitos desistem no meio do caminho. Conhecer os cursos, com certeza, abrirá novos horizontes, porque uma coisa é ficar limitados a escola do fundamental e outra é conhecer o ambiente acadêmico. Aí sim o interesse vai surgir”, avalia Bastos.
A princípio, as ações do projeto eram realizadas nos bairros da cidade, com a proposta de ofertar cursos relacionados às boas práticas de fabricação de alimentos como possibilidade de renda extra para as famílias. Já foram realizados cursos e oficinas de produção de doces, geleias, panificação, entre outros, atendendo diferentes públicos ao longo das suas edições.