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Polícia Civil de Brumado investiga cyberbullying e difamações nas redes sociais

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Desde o final de 2022, a Polícia Civil de Brumado está investigando a prática de crimes de difamação e cyberbullying praticados na cidade por meio de perfis nas redes sociais. Nesta semana, mais dois perfis do tipo foram excluídos pelo Instagram por ordem judicial. Denominada “Operação Explana”, a ação visa identificar e punir os responsáveis pela prática.

A polícia informou que já identificou alguns responsáveis por estes perfis. No mês passado, agentes da Delegacia Territorial de Brumado cumpriram um mandado de busca e apreensão no Bairro Olhos D’água. Na ocasião, a Polícia Judiciária tomou conhecimento que um perfil do Instagram estava sendo usado para fazer fofocas e praticar crimes contra a honra de diversos adolescentes estudantes das escolas de Brumado.

Em decorrência dessa busca e apreensão, foram identificados alguns dos responsáveis pela criação daquele perfil. De acordo com o delegado Paulo Henrique de Oliveira, os administradores de um deles praticaram crime de difamação contra funcionário público no exercício de suas funções. Na ocasião, foram postadas ofensas ao próprio delegado e aos policiais da cidade.

Ele disse ainda que foi identificado que tais perfis possuem diversos administradores, cada um com função específica nos arrobas: fazer cibersegurança, filtrar fofocas recebidas, fazer arte dos “feeds” e “stories”, efetivar a publicação, entre outras funções. “Portanto, todos eles praticaram também o crime ou ato infracional ao crime de associação criminosa, cuja pena de prisão pode chegar 4 anos e meio por haver participação de menor de idade”, afirmou o delegado.

“A Polícia Civil concluiu que estes perfis vinham agindo de forma anônima, expondo fotos, nomes e arrobas de adolescentes/estudantes com informações de suas vidas íntimas, praticando crimes contra a honra sob o pretexto de ser “a maior fonte de entretenimento”, além de rivalizar alunos das escolas; estipulava datas para novas publicações de stories com fofocas difamatórias ou às condicionava caso chegasse a um certo número de seguidores”, explicou.

O delegado ressaltou que as investigações ainda estão em continuidade pela DT Brumado com a finalidade da identificação de todos administradores. Ele disse também que qualquer eventual vítima poderá procurar um(a) advogado(a) para ingresso de ação reparatória por danos morais.

A investigação identificou que esses perfis são, na sua totalidade, alimentados por ódio e fofocas “anônimas”, repassadas pelos próprios estudantes e menores de idade que, cedo ou tarde, acabam virando vítimas e são expostas nas redes sociais.

O delegado afirmou ainda que, como em qualquer crime, os delitos praticados em ambiente virtual deixam vestígios e o autor pode ser identificação pela polícia. “É de fundamental importância que os pais e responsáveis monitorem o que seus filhos fazem no mundo virtual”, concluiu.

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