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Governo vai recuperar BA-573 entre Guanambi e Matina, empresários cobram construção de acostamento

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Na última terça-feira (23), o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), publicou o resultado da licitação para restauração do trecho da BA-573, entre Guanambi e Matina, com 40 quilômetros de extensão.

A empresa vencedora foi a CBV Construtora Ltda, pelo valor de R$ 12.180.128,56. O próximo passo é a assinatura do contrato e a emissão da ordem de serviço para início das obras. A rodovia foi pavimentada em 2010 e desde então não recebeu nenhuma intervenção deste porte.

A BA-573 vai ganhar importância na ligação com o Oeste do Estado após a conclusão do asfaltamento do trecho entre Matina e a BR-430, em Riacho de Santana. As viagens entre Guanambi e Bom Jesus da Lapa, por exemplo, ficarão cerca de 30 quilômetros mais curtas do que no trajeto tradicional, via Caetité.

No entanto, apesar da disposição da Seinfra em recuperar o trecho mais antigo da rodovia, a obra não inclui a construção de acostamentos, ao contrário da nova pista que está sendo pavimentada, orçada em mais de R$ 62 milhões. Este fato tem gerado preocupação em relação à segurança do tráfego, que mesmo pequeno resultam em acidentes constantes envolvendo pedestres, ciclistas motociclistas e veículos de tração animal, muitos dos quais poderiam ter sido evitados se houve mais espaço na pista.

Um grupo de empresários locais fez uma reivindicação às autoridades políticas da região para que levem até o governador Jerônimo Rodrigues (PT) a necessidade da construção de acostamentos e áreas de recuo, tendo em vista a previsão de aumento do movimento com a conclusão da pista até Riacho de Santana.

Na avaliação do empresário Hugo Costa, ex-vice-prefeito de Guanambi, “a BA-573 vai se tornar um novo corredor logístico do oeste baiano com Minas Gerais, mas o trecho antigo não está preparado para receber este fluxo, mesmo com a recuperação do asfalto, a construção do acostamento é fundamental para que as cenas trágicas de acidente não sejam ainda mais comuns˜, disse.

Além do tráfego de automóveis e caminhões, a nova estrada também deverá ser caminho de centenas de ônibus que levam turistas até as romarias de Bom Jesus da Lapa.

Para não atrasar o cronograma de obras, a sugestão é que seja feito um aditivo contratual junto à construtora para que o acostamento seja incluído nos serviços previstos.

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