A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Médio São Francisco foi oficialmente recriada, após quatro anos funcionando como uma unidade avançada. A medida, anunciada em 4 de novembro, visa beneficiar diretamente cerca de 12 mil famílias assentadas da reforma agrária em 42 municípios dos estados da Bahia e Pernambuco.
Com a recriação, o Incra espera melhorar o atendimento e a autonomia administrativa da autarquia na região, promovendo maior eficácia na regularização fundiária e no desenvolvimento rural sustentável.
Em março de 2020, a superintendência havia sido convertida em uma unidade avançada, funcionando como uma extensão do Incra sediado na capital pernambucana, Recife. Agora, com o retorno ao status de superintendência, será possível oferecer um atendimento mais independente e direcionado às demandas locais, especialmente nas áreas de agricultura familiar e reforma agrária.
José Cláudio da Silva, que até então atuava como gestor da Unidade Avançada Especial do Sertão, assumiu oficialmente o cargo de superintendente regional no evento realizado no auditório da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Petrolina.
Beneficiário da reforma agrária desde 1996, José Cláudio tem uma longa trajetória de atuação em defesa dos direitos dos agricultores e se comprometeu a trabalhar para efetivar o papel do Incra de maneira qualitativa, fortalecendo a reforma agrária e a agricultura familiar na região.
A solenidade contou com a presença do presidente do Incra, César Aldrighi, que destacou a importância da medida para o Vale do São Francisco e as comunidades da reforma agrária. “Recriar uma superintendência histórica, que sempre teve um papel importante para discutir o desenvolvimento da região, é muito importante para atender à demanda do público da reforma agrária, quilombolas e produtores rurais”, afirmou Aldrighi.
Com a recriação, a Superintendência Regional do Incra no Médio São Francisco ampliou sua área de atuação para 35 municípios do Sertão pernambucano e sete cidades do Norte da Bahia. Entre os municípios atendidos estão Afrânio, Cabrobó, Petrolina e Araripina, em Pernambuco, e Pilão Arcado, Remanso, e Casa Nova, na Bahia.
A presença do Incra na região é estratégica, pois facilita o acesso à terra para os trabalhadores rurais e contribui para a implementação de políticas públicas voltadas à sustentabilidade das comunidades tradicionais, promovendo o desenvolvimento rural e a melhoria das condições de vida das populações do campo.