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Estudantes baianos desenvolvem repelente natural para combater o mosquito transmissor da dengue, Zika e Chikungunya

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Criado por estudantes baianos, um produto natural composto por citronela, cravo-da-índia, alecrim e hortelã-pimenta tem como objetivo combater doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Esse mosquito é responsável pela transmissão de doenças graves, como dengue, zika e chikungunya, que representam um grande desafio para a saúde pública. Na Bahia, a Secretaria da Saúde (Sesab) registrou, até novembro de 2024, mais de 230 mil casos suspeitos de dengue.

De acordo com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), diante do aumento de casos na região de Lagoa Real, os estudantes Maria Agnes, Ana Júlia Castro, Lucas Wendel, Samilly Fernandes e Yasmin Aguiar, do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, com a orientação de Murillo dos Santos, criaram um repelente natural feito com citronela, cravo-da-índia, alecrim e hortelã-pimenta, com o objetivo de combater o Aedes aegypti e outros mosquitos.

Uma das idealizadoras, a estudante Maria ressaltou que as plantas foram escolhidas com base em uma pesquisa sobre suas propriedades.

“A citronela, por exemplo, é amplamente conhecida por seu efeito contra mosquitos, incluindo o Aedes aegypti. O cravo-da-índia contém eugenol, um composto natural com forte efeito repelente. Já o alecrim e a hortelã-pimenta foram escolhidos tanto por suas propriedades repelentes quanto por seu potencial para criar um aroma agradável. Optamos por uma combinação dessas plantas para maximizar a eficácia do produto de forma natural”, explica.

A aluna ainda ressaltou que após desenvolverem a fórmula do repelente, o produto foi submetido a diversos testes, o que foi importante para comprovar a sua eficácia.

“Os primeiros ocorreram em ambiente controlado, com mosquitos, para observar a eficácia em condições seguras. Em um segundo momento, testamos o repelente em ambientes reais, aplicando o produto e analisando sua capacidade de repelir os mosquitos. Também realizamos o teste de pH, no qual verificamos que o nosso produto obteve média 6,0 na escala. Esse teste foi essencial para verificar se o pH do produto era adequado e seguro para aplicação na pele humana, prevenindo possíveis irritações”, afirma Maria.

A equipe ainda pretende evoluir para novos passos, aumentando expressivamente a escala de produção, conforme informou a coorientada da Secretaria da Educação (SEC), ⁠Izis Pollyanna Teixeira.

”Nossos próximos passos envolvem aumentar a escala de produção do produto, visando beneficiar outras comunidades que enfrentam problemas similares com mosquitos, especialmente áreas vulneráveis onde doenças transmitidas por esses mosquitos, como a dengue, são um problema significativo. Além disso, planejamos investigar outras plantas com potencial repelente e propriedades terapêuticas, visando criar uma linha de produtos naturais que seja acessível e segura para diversas necessidades.

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