O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou 37 integrantes de uma organização criminosa responsável por movimentar milhões de reais com a exploração ilegal de rifas e a lavagem de dinheiro obtido a partir dessa prática.
A denúncia, apresentada na última quarta-feira, 7 de maio, é resultado das investigações da operação “Falsas Promessas 2”, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
Segundo o MP, o grupo mantinha um esquema sofisticado de captação e dissimulação de recursos ilícitos, utilizando empresas de fachada, contas bancárias em nome de terceiros e movimentações em espécie para dificultar a identificação da origem do dinheiro.
A atuação da quadrilha, de acordo com os promotores, envolvia diversos núcleos organizados que operavam de forma articulada, como um verdadeiro consórcio criminoso.
As investigações revelaram que os sorteios das rifas, promovidos em larga escala, eram frequentemente fraudados para impedir que os prêmios saíssem do controle da organização. Dessa forma, os lucros obtidos com os jogos de azar eram reinseridos no mercado formal por meio de mecanismos de lavagem de dinheiro.
Entre os denunciados estão os apontados líderes da organização: José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido como “Nanan”, Ramhon Dias de Jesus Vaz e Josemário Aparecido Santos Lins. Eles, junto aos demais envolvidos, responderão por crimes como constituição de organização criminosa, lavagem de capitais e promoção de jogos de azar.
Os demais denunciados são:
Gabriela da Silva Vale (companheira de José Roberto Nascimento);
Joabe Vilas Boas Bonfim;
Charles Vilas Boas Prazeres;
João Nilton Lima Laurentino;
Rafaela de Carvalho Souza;
Vinícius de Souza Santos;
Ludmila Soares do Nascimento;
Jorge Vinicius de Souza Santana Piano;
Jefferson Pereira da Silva;
Ivonei Santos Souza;
Idelfonso de Jesus Santos Filho;
Adenilton Silva de Jesus;
Wesley da Silva Damasceno;
Paulo Santos da Silva Júnior;
Lismara Assis da Silva de Jesus;
Nadson Souza Ferreira;
Alessandro Conceição de Souza Santos;
Daniel Alves da Silva;
Franklin de Jesus Reis;
David Mascarenhas Alves de Santana;
Jorge Jatobá de Paula;
Califa Fernandes Teixeira;
Rafaela Almeida Silva Aragão;
Francisco Souza Braga Júnior;
Manuel Ferreira da Silva Filho;
Adilson Prazeres Barbosa;
Adeilton Prazeres Barbosa;
Valdomiro Maximiniano dos Santos;
Antônio César de Jesus;
Fernando Ferreira de Jesus;
Jeferson Silva Franca;
Lázaro Alexandre Pereira de Andrade;
Almir Witzlebem Barradas Neto;
Alan dos Santos Souza.
O Ministério Público segue acompanhando o caso e destaca que a ação busca desarticular um esquema que vinha causando prejuízos à ordem econômica e à segurança pública, além de alimentar outras práticas criminosas.