O inverno de 2025 começa oficialmente nesta sexta-feira, 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília), com a chegada do solstício de inverno no hemisfério sul. Esse fenômeno astronômico marca o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Ao mesmo tempo, ocorre o solstício de verão no hemisfério norte.

O termo “solstício” vem do latim e significa “sol parado”. Antigos astrônomos observaram que, durante essa época, a posição do Sol no céu ao meio-dia parecia não mudar por alguns dias. Esse efeito acontece duas vezes por ano: uma no solstício de inverno e outra no de verão.

“As estações do ano acontecem devido à inclinação do eixo da Terra e ao seu movimento de translação em torno do Sol. O início das estações está associado aos solstícios e aos equinócios”, explica a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional.

Uma forma simples de perceber esse fenômeno é observar, dia após dia, onde o Sol nasce e se põe. Nos equinócios, ele surge exatamente no leste e se põe no oeste. Após essas datas, esses pontos se deslocam gradualmente.

No solstício, o afastamento é máximo e, em seguida, o Sol passa a “voltar”. A especialista alerta que, para qualquer observação solar, é fundamental não olhar diretamente para o Sol, já que isso pode causar danos graves à visão.

Com a chegada do inverno, os dias ficam mais curtos e as noites mais longas. Essa diferença é sentida com mais intensidade quanto mais longe do Equador o observador estiver. Em regiões próximas aos polos, por exemplo, o Sol pode não nascer durante o inverno ou não se pôr no verão.

Atualmente, o início do inverno ocorre entre os dias 20 e 21 de junho. Entre os anos 1950 e 2000, era comum cair entre os dias 21 e 22. Essa variação está ligada a fatores como a precessão dos equinócios, um lento movimento do eixo da Terra, e à diferença entre o ano civil e o ano trópico, que tem cerca de 365 dias e 6 horas. Para compensar essa diferença, existem os anos bissextos, que corrigem o calendário.