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Abate de bovinos aumenta 3,9% no segundo trimestre de 2025

Abate de bovinos aumenta 3,9% no segundo trimestre de 2025

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O 2º trimestre de 2025 registrou crescimento no abate de bovinos, suínos e frangos, além de recordes na captação de leite e na produção de ovos de galinha, de acordo com os resultados completos das Estatísticas da Produção Pecuária, divulgados nesta terça-feira, 10 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No período, foram abatidas 10,46 milhões de cabeças de bovinos, um aumento de 3,9% em relação ao mesmo trimestre de 2024 e 5,5% frente ao trimestre imediatamente anterior.

O crescimento foi impulsionado por aumentos em 20 das 27 unidades da federação, com destaque para o mês de maio, quando 3,59 milhões de animais foram abatidos, 4,9% a mais que em maio de 2024.

Pela primeira vez desde o início da série histórica em 1997, a participação de fêmeas no abate superou a de machos, com alta de 16% em relação ao 2º trimestre de 2024, especialmente entre novilhas, que representaram 33% do total de fêmeas abatidas.

O abate de suínos também atingiu recorde, com 15,01 milhões de cabeças, crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e aumento de 4,1% em relação ao 1º trimestre de 2025.

O resultado foi impulsionado pelo consumo interno, preço atrativo e exportações recordes, com forte demanda das Filipinas, Chile e Japão, mesmo diante da redução das compras chinesas.

Já o abate de frangos atingiu 1,64 bilhão de cabeças, alta de 1,1% em relação ao 2º trimestre de 2024, mas queda de 0,4% em comparação ao trimestre anterior. O desempenho foi impactado por um caso de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul, que afetou parcialmente as exportações brasileiras de carne de frango, caindo 12,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A captação de leite cru alcançou 6,50 bilhões de litros, um aumento de 9,4% em relação ao 2º trimestre de 2024 e o maior volume já registrado para um segundo trimestre da série histórica.

O preço médio pago ao produtor foi de R$ 2,75 por litro, alta de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Região Sul liderou a produção, com 40,7% do total, seguida pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

O abate de couro apresentou crescimento de 4,6% frente ao 2º trimestre de 2024, totalizando 10,75 milhões de peças, enquanto a produção de ovos de galinha chegou a 1,24 bilhão de dúzias, aumento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2,9% frente ao trimestre anterior. A maior parte da produção (83%) destinou-se ao consumo, enquanto 17% foi para incubação.

A gerente da pesquisa, Angela Lordão, destacou que o crescimento do abate de fêmeas e de novilhas reflete a demanda de exportação, enquanto o aumento do abate de suínos está ligado a cortes de fácil preparo, preços atraentes e forte procura internacional. Quanto ao leite, ela ressaltou que fatores como clima favorável, boa qualidade da alimentação e investimentos no setor contribuíram para o recorde.

O IBGE realiza trimestralmente as pesquisas oficiais da conjuntura agropecuária, incluindo abate de animais, leite, couro e produção de ovos de galinha, com os primeiros resultados divulgados cerca de um mês antes da publicação completa no periódico Indicadores IBGE: Estatística da Produção Pecuária. A próxima divulgação de resultados parciais relativos ao 2º trimestre de 2025 será em 12 de novembro, e os dados completos, em 10 de dezembro.

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