A Embrapa lançou, na plataforma e-Campo, a Trilha de aprendizagem em Recomposição de Áreas Degradadas e/ou Alteradas para os Biomas Brasileiros – Cerrado.
O conteúdo é on-line, gratuito e autoinstrucional, voltado a produtores rurais, consultores ambientais, estudantes, técnicos de órgãos responsáveis pelo CAR, instituições de pesquisa e de assistência técnica e extensão rural que atuam no Cerrado e empregados da Embrapa ligados ao Cadastro Ambiental Rural.
O objetivo é fornecer, inicialmente, conhecimentos, técnicas e estratégias para diagnóstico, avaliação e planejamento da restauração da vegetação nativa com foco na elaboração de PRADAs (Projetos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas) em propriedades rurais do bioma — com aplicabilidade que vai além dos PRADAs.
A trilha reúne três cursos, totalizando 60 horas:
O Curso 1 – “Estratégias gerais de recomposição da vegetação nativa” introduz conceitos, estratégias e a Lei de Proteção da Vegetação Nativa (Lei 12.651/2012).
O Curso 2 – “Recomposição de áreas degradadas e/ou alteradas para o Bioma Cerrado” aborda contexto legal, sociocultural e econômico, características bióticas e abióticas do bioma, técnicas específicas de recomposição e o uso do WebAmbiente, ferramenta on-line que auxilia a elaboração de PRADAs conforme os PRAs estaduais.
O Curso 3 – “Monitoramento da recomposição de áreas degradadas ou alteradas” detalha procedimentos de acompanhamento, uso do AgroTag-Veg, planilhas eletrônicas e apresenta roteiro completo de PRADA, com exercício prático de diagnóstico e planejamento.
A unidade responsável é a Embrapa Cerrados (DF). Segundo o pesquisador Felipe Ribeiro, gestor do bioma Cerrado e conteudista dos cursos, “Esperamos que essa contribuição técnica da Embrapa possa atender à demanda do público rural sobre a lei de Proteção da Vegetação Nativa, pois abordamos sobre quais espécies e quais estratégias utilizar para atender os requerimentos da recomposição da vegetação nativa”.
A oferta é contínua e o acesso aos cursos é por tempo indeterminado; para melhor aproveitamento, recomenda-se concluir a trilha em até três meses. Quem finalizar nesse prazo poderá participar de encontro on-line com conteudistas e colaboradores e acompanhar, em tempo real, o preenchimento de um formulário PRADA (participação optativa).
Cada curso confere certificado individual mediante nota mínima de 70 pontos nas avaliações; ao concluir os três, o participante poderá solicitar certificado especial que reconhece o percurso completo e soma a carga horária total.
A trilha integra o portfólio do e-Campo, ambiente de capacitações da Embrapa em formato assíncrono, gratuito e de oferta contínua. A coordenação geral das trilhas é da Supervisão Corporativa de Sustentabilidade. “E a Embrapa está preparando trilhas de aprendizagem sobre recomposição de áreas degradadas e/ou alteradas para cada um dos seis biomas brasileiros”, afirma Andreia Andrigueto, coordenadora técnica. Segundo a área, quatro trilhas já foram lançadas e, até o fim do ano, a previsão é disponibilizar Amazônia e Pampa. “Desse modo, esperamos entregar valor, capacidade de pensar diferentes realidades e estratégias de recomposição, além de mobilizar pessoas para a recomposição em todo Brasil”, aponta Marisa Prado, supervisora de Sustentabilidade Corporativa.
Além do Cerrado, já estão disponíveis no e-Campo as capacitações para a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pantanal.