Na data em que completaria 24 anos, Herus Guimarães Mendes será homenageado nesta segunda-feira, 13 de outubro, com a inauguração do Memorial Herus Vive.
O memorial foi criado para preservar a memória de Herus, que foi morto durante uma operação policial em uma festa junina na comunidade Santo Amaro, no Rio de Janeiro, na madrugada do dia 7 de junho.
De acordo com a Agência Brasil, vídeos postados por moradores nas redes sociais mostram que a festa junina estava cheia, com muitas famílias presentes, quando os disparos começaram.
Em um dos vídeos, policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) aparecem aguardando o socorro de uma pessoa baleada, enquanto moradores protestam.
A comunidade relata que a festa transcorria normalmente até o início da operação policial, por volta das 3h da manhã, que resultou no tiroteio. Segundo os organizadores do ato, desde o assassinato, o grito “Herus Vive” tem sido ouvido nas ruas, nas paredes e nas vozes de familiares, amigos e movimentos sociais.
Memorial como símbolo de resistência
“O memorial nasce desse grito coletivo, um gesto de resistência, afeto e compromisso com a verdade, para afirmar que Herus não será esquecido”, afirmou a organização do ato em nota.
De acordo com a mãe de Herus, Monica Mendes, o memorial é de grande importância para ela, para o pai de Herus, para a família e para a comunidade.
“Esse memorial vai ficar marcado na comunidade pela injustiça que a gente passou. Que o Herus não seja só mais um. Ainda estamos tentando digerir sua morte”, disse Monica. O memorial busca ser um símbolo de resistência e memória para a comunidade e para aqueles que conheceram Herus.
