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PF e CGU deflagraram a 3ª fase da operação Overclean na Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe

Operação Overclean entra em sua oitava fase

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A Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal (RF) deflagraram a oitava fase da Operação Overclean. Esta etapa visa desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com informações da Agência Brasil, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília, São Paulo, Palmas e Gurupi (TO), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação também abrange o sequestro de valores obtidos ilicitamente pelos suspeitos, que poderão responder por crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.

Fases iniciais da Overclean

A primeira fase da Operação Overclean foi desencadeada em 10 de dezembro de 2024, investigando o direcionamento de recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a prefeituras na Bahia. Na época, a PF informou que o esquema contava com o apoio de policiais que repassavam informações sensíveis à organização criminosa, como a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.

A operação contou com a colaboração da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations) para apurar o desvio de recursos públicos. Havia suspeitas de superfaturamento em obras e desvio de recursos para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão. O esquema teria atingido diretamente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), principalmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), além de outros órgãos públicos.

Por determinação judicial, oito servidores públicos foram afastados de suas funções.

Fases recentes

Em junho de 2025, durante a quarta fase da operação, foi determinado o afastamento de dois prefeitos da Bahia, suspeitos de desvio de emendas parlamentares: Humberto Raimundo Rodrigues de Oliveira, de Ibipitanga, e Alan Machado, de Boquira. Em julho de 2025, na quinta fase da Overclean, o núcleo investigado teria manipulado procedimentos de licitações e desviado recursos públicos de emendas parlamentares destinadas ao município baiano de Campo Formoso.

Segundo os investigadores, houve tentativa de obstruir as investigações, levando o STF a determinar o bloqueio de R$ 85,7 milhões de contas de pessoas físicas e jurídicas investigadas. A sétima fase da Operação Overclean foi deflagrada em 16 de outubro, resultando no afastamento de um agente público suspeito de participar do esquema. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades baianas de Riacho de Santana, Wenceslau Guimarães, e Arraial do Cabo (RJ).

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