Foto: Tiago Marques | Agência Sertão
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Um em cada cinco moradores de Guanambi tem sobrenome Silva

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O levantamento Nomes no Brasil, do Censo 2022, mostra que Silva é o sobrenome mais frequente em Guanambi: 20,05% dos moradores (17.609 pessoas) o carregam — proporção que coloca o nome de família muito à frente dos demais e confirma a forte presença do patronímico no município.

Em seguida aparecem Santos (15,58%; 13.678), Pereira (10,88%; 9.556) e Souza (9,46%; 8.304). Somados, os quatro concentram 55,97% dos registros de sobrenomes na cidade.

O painel do IBGE permite filtrar por município e exibe a frequência e o percentual de cada sobrenome identificado no Censo 2022. Em Guanambi, o ranking reforça a predominância de linhagens tradicionais em todo o país, com variações locais na ordem e nos percentuais.

Top 10 sobrenomes de Guanambi (Censo 2022)

  1. Silva — 20,05% (17.609)
  2. Santos — 15,58% (13.678)
  3. Pereira — 10,88% (9.556)
  4. Souza — 9,46% (8.304)
  5. Oliveira — 6,44% (5.658)
  6. Alves — 5,05% (4.436)
  7. Rodrigues — 4,84% (4.249)
  8. Teixeira — 4,54% (3.983)
  9. Fernandes — 4,48% (3.932)
  10. Costa — 3,89% (3.417).

Outros sobrenomes muito presentes

A lista segue com Lima (3,70%; 3.252), Castro (2,83%; 2.487), Rocha (2,75%; 2.412), Araujo (2,63%; 2.308), Jesus (2,62%; 2.302), Ferreira (2,56%; 2.250), Neves (2,49%; 2.188), Carvalho (2,31%; 2.028), Gomes (2,30%; 2.016) e Santana (2,13%; 1.874).

Porque Silva é o nomes mais popular do Brasil

A força do sobrenome Silva no Brasil tem raízes históricas. A palavra vem do latim silva (“mata”, “floresta”) e se espalhou pela Península Ibérica, especialmente em Portugal. Com a colonização, o nome de família atravessou o Atlântico e ganhou grande capilaridade demográfica, tornando-se um dos marcadores mais comuns da população brasileira.

Registros coloniais mostram que pessoas escravizadas eram batizadas com prenomes cristãos e, muitas vezes, passavam a usar sobrenomes ligados ao senhor, ao território ou à devoção religiosa. Após a Abolição, a formalização civil levou libertos a adotarem sobrenomes amplamente difundidos — entre eles, Silva — como estratégia de integração social e de padronização documental. Esse processo ajuda a explicar por que ex-senhores e ex-escravizados passaram a compartilhar os mesmos patronímicos.

Houve também adoção voluntária por parte de imigrantes portugueses e seus descendentes. Em um ambiente em que Silva já era muito comum, optar por esse sobrenome facilitava a inserção social e reduzia distinções de origem, impulsionando ainda mais sua presença nos registros.

Primeiros nomes mais comuns

Entre os primeiros nomes, Maria (5,03%; 4.420) e Ana (2,34%; 2.053) lideram entre as mulheres, enquanto José (2,20%; 1.931) e João (1,87%; 1.643) seguem no topo entre os homens em Guanambi.

Esses números ajudam a entender a combinação mais recorrente entre nomes e sobrenomes no município.

Panorama nacional (IBGE – Censo 2022)

Maria e José seguem como os nomes mais frequentes do país; entre os sobrenomes, Silva lidera e está presente em 16,76% da população.

Top 10 — nomes femininos (Brasil)

  1. Maria — 12.224.470
  2. Ana — 3.929.951
  3. Francisca — 661.582
  4. Julia — 646.239
  5. Antonia — 552.951
  6. Juliana — 536.687
  7. Adriana — 533.801
  8. Fernanda — 520.705
  9. Márcia — 520.013
  10. Patrícia — 499.140.

Top 10 — nomes masculinos (Brasil)

  1. José — 5.141.822
  2. João — 3.410.873
  3. Antônio — 2.231.019
  4. Francisco — 1.659.196
  5. Pedro — 1.613.671
  6. Carlos — 1.468.116
  7. Lucas — 1.332.182
  8. Luiz — 1.326.222
  9. Paulo — 1.326.222
  10. Gabriel — 1.201.030.

Top 10 — sobrenomes (Brasil)

  1. Silva — 34.030.104
  2. Santos — 21.367.475
  3. Oliveira — 11.708.947
  4. Souza — 9.197.158
  5. Pereira — 6.888.212
  6. Ferreira — 6.226.228
  7. Lima — 6.094.630
  8. Alves — 5.756.825
  9. Rodrigues — 5.428.540
  10. Costa — 4.861.083.

Curiosidades regionais

  • Em Morrinhos (CE) e Bela Cruz (CE), 22% da população se chama Maria; em Santana do Acaraú (CE), Ana aparece em 10,41% dos registros; em Buriti dos Montes (PI), Antônio representa 10,06% dos moradores.
  • Entre sobrenomes, Santos está em 43,38% da população de Sergipe; Silva supera um terço dos registros em Alagoas (35,75%) e Pernambuco (34,23%).

Como consultar
O painel Nomes no Brasil (IBGE/Censo 2022) permite pesquisar nomes e sobrenomes por localidade, com recortes por gênero e período de nascimento.

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