O Brasil registrou a criação de 166.621 empregos com carteira assinada em junho de 2025, segundo dados do Novo Caged, divulgados nesta segunda-feira, 4 de julho, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. No mês, foram 2.139.182 contratações e 1.972.561 demissões, resultando no saldo positivo.
Todos os cinco principais setores da economia fecharam o mês no azul, com destaque para Serviços, responsável por 77.057 novas vagas (+0,33%). As áreas de informação, comunicação, finanças, imobiliário, atividades profissionais e administrativas responderam por 41.477 dessas contratações. Em seguida vieram Comércio (+32.938 vagas, +0,31%), Agropecuária (+25.833, +1,38%), Indústria (+20.105, +0,22%) e Construção (+10.665, +0,35%).
No recorte estadual, 26 das 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo. São Paulo liderou em números absolutos, com 40.089 novas vagas, seguido por Minas Gerais (+24.228) e Rio de Janeiro (+15.363). Em termos proporcionais, os maiores crescimentos foram observados no Amapá (+1,29%), Mato Grosso (+0,96%) e Maranhão (+0,93%).
A maioria dos postos criados foi de vagas típicas (75,8%), com contratos formais tradicionais. Já as vagas não típicas, que incluem contratações por pessoas físicas equiparadas a empresas (CAEPF) e trabalhadores temporários, representaram 24,2% do saldo.
Nos últimos 12 meses (julho de 2024 a junho de 2025), o país gerou 1.590.911 empregos formais, resultado inferior ao do período anterior, quando foram criados 1.735.145 postos.
Primeiro semestre de 2025
Entre janeiro e junho, o Brasil abriu 1.222.591 vagas com carteira assinada, crescimento de 2,59% frente ao mesmo período de 2024. O número total de empregos formais chegou a 48.419.937.
O setor de Serviços também liderou no acumulado do ano, com 643.021 novas vagas (+2,8%), seguido pela Indústria (+229.858, +2,6%), Construção Civil (+159.440, +5,6%), Agropecuária (+99.393, +5,5%) e Comércio (+90.876, +0,9%).
São Paulo foi o estado que mais gerou empregos no semestre (+349.904, +2,4%), à frente de Minas Gerais (+149.282, +3,0%) e Paraná (+94.219, +2,9%). Em termos proporcionais, destaque para Amapá (+4,69%), Mato Grosso (+4,4%) e Goiás (+4,1%).
Salários e perfil dos contratados
O salário médio de admissão em junho foi de R$ 2.278,37, alta de R$ 24,48 (+1,09%) em relação a maio e de R$ 28,76 (+1,28%) na comparação com junho de 2024, já considerando os ajustes sazonais.
No recorte por gênero, os homens tiveram saldo de 90.035 vagas e as mulheres, 76.586. Elas, no entanto, lideraram as contratações nos setores de Serviços (+44.748) e Comércio (+18.608).
Os jovens de 18 a 24 anos responderam por 102.328 novas vagas, enquanto adolescentes de até 17 anos somaram 24.963 postos, incluindo 12.598 aprendizes. Pessoas com ensino médio completo tiveram saldo de 124.139 vagas, e as com ensino médio incompleto, de 19.326. Para a População com Deficiência (PcD), houve criação de 578 empregos.