Em Brasília, foi lançado o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que visa integrar diferentes bases de dados sobre desaparecimentos no Brasil. Ivanise da Silva Santos, que busca sua filha desaparecida desde 1995, participou da solenidade e expressou esperança com a criação do cadastro. O endereço do cadastro é https://cnpd.mj.gov.br/painel-publico.
De acordo com a Agência Brasil, em 2024, foram registrados 81.022 desaparecimentos no país, com uma taxa de localização de 68%. A diretora do Sistema Único de Segurança Pública, Isabel Figueiredo, destacou que o cadastro inclui um painel público com informações gerais e fotografias dos desaparecidos, além de um banco de dados restrito para órgãos de segurança pública.
O cadastro, previsto pela Lei 13.812 de 2019, busca centralizar informações dispersas em diferentes órgãos, o que, segundo Nicolas Olivier, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, enfraquece as políticas públicas. Ele ressaltou que um sistema unificado pode cruzar dados e gerar pistas para apoiar buscas e prevenir desaparecimentos.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, afirmou que a sociedade e o poder público têm um débito com as famílias de desaparecidos e destacou a importância de conscientizar a sociedade civil sobre o tema.
Kátia Liberato, que busca sua mãe desaparecida desde 1999, acredita que o cadastro unificado renova suas esperanças, pois permitirá que informações circulem mais facilmente. Ela espera que essa iniciativa facilite a localização de pessoas desaparecidas e ajude outras famílias que enfrentam a mesma situação.