O Ministério Público do Trabalho (MPT) e os empregadores de uma trabalhadora doméstica de 46 anos, resgatada na semana passada em operação contra o trabalho escravo, iniciaram nesta terça-feira, 16 de setembro, negociações para o pagamento das verbas rescisórias e de uma indenização.
Em audiência virtual, conduzida por uma procuradora do MPT e uma defensora pública federal, os patrões apresentaram uma proposta financeira. Embora ainda haja discussões sobre valores e prazos, a disposição de firmar um termo de ajuste de conduta e evitar uma disputa judicial ficou clara durante o encontro.
Os detalhes do caso seguem em sigilo para preservar a identidade da vítima, que atualmente está acolhida na casa de parentes e recebe acompanhamento de equipes de assistência social do município. A mulher começou a trabalhar ainda criança para os pais dos atuais empregadores.
O resgate ocorreu em uma operação conjunta envolvendo o MPT, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Defensoria Pública da União e a Polícia Federal. Durante anos, a trabalhadora realizava tarefas domésticas e também preparava comidas e quitutes para serem vendidos em uma lanchonete de propriedade dos empregadores.
Após a libertação, a rede de assistência social do município foi acionada para promover a integração adequada da vítima, garantindo acompanhamento psicológico e suporte social, após tantos anos em situação de cativeiro.