O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano registrou crescimento nominal de 14,6% no segundo trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, de acordo com dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Em termos reais, descontada a inflação, o setor avançou 5,0%. Em valores correntes, o PIB do agronegócio totalizou R$ 41,9 bilhões, representando 29,6% da economia do estado, o que significa que, para cada real movimentado na Bahia no período, cerca de R$ 0,30 têm relação direta com atividades agropecuárias.
O cálculo do PIB do agronegócio leva em conta quatro agrupamentos de atividades econômicas. O agregado I, que inclui atividades que fornecem insumos para a produção agropecuária, contribuiu com 5,0% do total.
Já o agregado II, que corresponde à própria atividade agropecuária, respondeu por 66,5% do PIB do setor, impulsionado tanto pela expansão da produção de cereais, algodão, soja, café e lavouras permanentes quanto pela alta das cotações dos principais produtos agropecuários.
Esse desempenho também é influenciado por efeito sazonal, já que grande parte da produção agrícola da Bahia ocorre no segundo trimestre, com destaque para as colheitas de soja, algodão e, em menor escala, café.
O agregado III, que engloba as indústrias de base agrícola responsáveis pelo processamento dos produtos, contribuiu com 7,2% do PIB do agronegócio, enquanto o agregado IV, que reúne atividades de distribuição e comercialização, incluindo transporte, respondeu por 21,3% do total.
Os números evidenciam a importância do agronegócio para a economia baiana, mostrando que o setor está integrado a diversas atividades estratégicas, como indústria de transformação, comércio, transportes e serviços, desempenhando papel central no crescimento econômico do estado.