Tiago Marques | Redação 96FM
Uma lua minguante persistia em brilhar na noite de São João, mas perdia seu protagonismo para os fogos que iluminavam o céu de Guanambi. Centenas de fogueiras nas ruas e nos quintais, tanto na cidade, como na zona rural. Muito movimento pelas estradas do interior do município em busca de uma fazenda, um sítio ou uma casinha com forró e comidas típicas, além de muita confraternização entre famílias e amigos.
Os estalos de bombas começam cedo todo dia 23 de Junho, muitas barracas foram montadas em diversos pontos da cidade para venda de fogos de todos os tipos, crianças e adultos de todas as idades encheram suas sacolas para comemorar o dia do Santo mais comemorado no interior do Brasil. A noite a queima de fogos foi constante por diversas horas, muitos estouros e muitas luzes em diversos pontos do município. Nesta sexta-feira (24) é feriado em todo o nordeste, mais um dia para confraternização, leitoa assada, forró e mais fogos de artifício. As redes sociais foram inundadas por fotos das festas, fogueiras comidas de São João.
De 21 a 23 de Junho foi comemorado o São João de Pindaí, na praça do novo mercado inaugurado nesta quarta-feira (22). De 01 a 03 de Julho tem festejos em Igaporã e Iuiu.
Confira a cobertura do São João em toda a região
A tradição dos fogos, fogueiras e balões
O uso de balões e fogos de artifício durante o São João no Brasil está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi trazido pelos portugueses para o Brasil e se mantém em ambos os lados do Oceano Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, em Portugal, onde mais se evidencia. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa na Região Nordeste do Brasil, em outras partes do Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papéis são atados no balão com desejos e pedidos.
Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei em muitos locais, como no Brasil, por exemplo, devido ao risco de incêndio e mortes.
Durante todo o mês de junho, é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas, conhecidas por nomes como “traque”, “chilene”, “cordão”, “cabeção-de-nego”, “cartucho”, “treme-terra”, “rojão”, “buscapé”, “cobrinha”, “espadas-de-fogo”, “chuvinha”, “pimentinha”, “bufa-de-vei” , “biribinha” e “bombinha”