Agência Sertão
O doleiro Lúcio Bolonha, que é apontado como operador de propina para integrantes do PMDB, disse durante depoimento de delação premiada, que levou uma caixa contendo R$ 1 milhão no escritório de José Yunes e esta foi enviada ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), na capital baiana. O advogado é ex-assessor especial e amigo pessoal de Michel Temer desde que os dois estudavam no curso de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e, de acordo com a contribuição de Funaro, agiu como intermediador do dinheiro, advindo de caixa dois entre Temer e a Odebrecht.
O doleiro conta que foi ao escritório junto com um segurança e foi recepcionado pelo próprio Yunes. Depois que saiu do escritório, o caixote foi mandado para Geddel, ainda de acordo com o depoimento.
Há suspeitas de que a caixa era integrante daquelas encontradas no “bunker”, onde descobriu-se a quantia de R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador. A operação pode ter sido feita enquanto Michel Temer era vice-presidente de Dilma Rousseff.