A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) preparou um plano de emergência para alertar os municípios sobre a importância da cobertura vacinal. A Bahia não registrou nenhum caso.
Os recentes casos confirmados de sarampo nos estados do Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro deixaram um alerta para o risco de proliferação da doença pelo País.
De acordo com o coordenador de imunização do estado, Ramon Saavedra, a meta é alcançar 95% de cobertura. No ano passado, a expectativa do Ministério da Saúde não foi atingida.
A campanha nacional de vacinação contra o sarampo e poliomielite será realizada entre os dias 6 e 31 de agosto. O Dia D de mobilização nacional será no dia 18. A população alvo desta ação são crianças de 1 até 4 anos 11 meses e 29 dias.
Segundo Saavedra, uma reunião já foi marcada com municípios baianos para discutir formas para alavancar a vacinação em locais com baixa cobertura registrada. “É fundamental manter a cobertura vacinal, para não ocorrer nenhum risco da doença voltar”, disse o coordenador.
O Brasil foi considerado livre do sarampo em 2016 e chegou a receber um certificado de eliminação de circulação do vírus. Atualmente, a doença voltou a ser motivo de preocupação entre os órgãos sanitários, devido aos novos casos e baixa cobertura vacinal.
Na Bahia, a Sesab alerta para alguns fatores como estados com casos confirmados e intenso fluxo turístico. Entretanto, a secretaria não possui um tipo de ação específica para turistas de outros estados ou países.
Saavedra ressalta que as vacinas são referentes a tríplice viral e estão disponíveis na rotina dos postos de saúde para pessoas que estejam no calendário e não tenham o registro da vacina até 49 anos. “A criança depende de um adulto que entenda a responsabilidade de levá-la ao posto”, disse.
“Como forma de intensificar a cobertura vacinal, vamos atuar com ações estratégicas em áreas das comunidades, shoppings e centros comerciais para tentar atingir a meta”, disse Ramon.
Doença
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral e de transmissão contagiosa. Os sintomas da doença são febre alta, tosse, irritação ocular, erupções na pele e corrimento nasal.
Após estes sintomas, geralmente, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés. A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa, geralmente por tosse, espirro, fala ou respiração. Por isso, existe um risco elevado no contágio da doença. A única forma de prevenção é por meio da vacinação.
Com informações do A Tarde.