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Vazão do São Francisco deve continuar subindo, mas ainda não oferece risco eminente às cidades baianas

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O nível do rio São Francisco continua subindo nas cidades de Malhada e Carinhanha, ambas na divisa de Minas Gerais e a Bahia. A tendência é que o nível continue subindo, no entanto em velocidade menor do que subiu desde o início da semana.

Segundo José Castor, Secretário de Agricultura e membro da Defesa Civil de Malhada, técnicos do Serviço Geológico do Brasil (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM) estiveram nos dois municípios nesta sexta-feira (31), realizando medições no rio.

De acordo com a análise dos técnicos, a vazão do rio durante a manhã estava em cerca 4.000 m³/s e deve continuar aumentando até no meio da próxima semana. No entanto, o volume de água não deve ser suficiente para causar enchentes nas duas cidades ribeirinhas.

Nível chegou a 5,97 metros na manhã deste sábado

Castor disse torcer para que a cheia não traga transtornos para a população e que seja suficiente para voltar a encher as lagoas do município que estão praticamente secas, aumentando a disponibilidade de água para a agricultura do município. No início da manhã de sábado, o nível estava em 5,97 cm, três metros a mais do que o registrado no início da semana. Em 24 horas, o rio subiu 15 centímetros.

No Balneário Pontal, a água continua avançando e alaga boa parte da principal atração turística da cidade de Carinhanha. A balsa que faz a travessia de veículos no rio Carinhanha para o município de Juvenília (MG) está embarcando os veículos no local devido à cheia.

Segundo dados da Rede de Hidrometria da Agência Nacional de Águas (ANA), a última grande cheia do São Francisco na Bahia foi registrada em 2012. Naquela ano, o nível do rio atingiu os 7 metros em Malhada e Carinhanha e a vazão chegou a 7.820 m³/s. Na ocasião, comunidades rurais ficam isoladas devido às cheias.

Em Bom Jesus da Lapa, onde as margens do rio são mais próximas, o nível registrado no fim da tarde era de 6,82 metros e a vazão estava em 4.070 m³/s.

Apesar do alívio, as recomendações à população ribeirinha continuam vigorando, pois há previsão de bastante chuva já na próxima semana em todo o Norte de Minas e demais regiões no percurso do Velho Chico.

Veja também: Enchentes reviram rejeitos de barragens de Mariana e Brumadinho nas bacias do Doce e São Francisco

Além disso, falta muita água para descer das chuvas da semana passada que assolaram Minas Gerais. Na cidade de São Francisco, há 270 quilômetros de Malhada, o rio continua cheio, tendo atingindo vazão de mais de 6.000 m³/s e o nível chegando a 8 metros no meio da semana. Desde quinta-feira (30) o volume de água começou a diminuir. Na noite desta sexta-feira (31) a vazão estava em 5.320 m³/s e o nível em 7,55 metros.

Em Várzea da Palma, também no Norte de Minas, o nível do rio das Velhas continua alto, no entanto, uma trajetória de queda foi iniciada nesta sexta-feira. Este rio nasce em Ouro Preto, na região central do Estado, e recebe as águas de toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o acumulado de chuvas no mês de janeiro chegou próximo há 1.000 mm.

Com 70,1% de sua capacidade de armazenamento medida na última quinta-feira (30), o reservatório da Usina Hidroelétrica de Três Marias têm impedido que mais água chegue ao médio São Francisco.

A usina opera com afluência acima de 3.000 m³/s e defluência de apenas 287 m³/s, segundo dados divulgados pela Cemig. Caso o reservatória atinja chegue próximo de sua capacidade máxima, será necessária a abertura das comportas, o que elevará consideravelmente o nível do rio. O reservatório cresceu em média 1% de seu volume por dia nos últimos 10 dias.

 

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