As caixas de máscaras tiveram aumento de quase 1.200% em Guanambi, essa foi a informação que uma profissional de saúde em Guanambi recebeu de um fornecedor, nesta sexta-feira (20). O lucro exagerado dos preços de produtos é considerado crime, de acordo com Código de Defesa do Consumidor. Mas isso não está sendo cumprido por todos os comerciantes e fornecedores que atendem Guanambi.
A profissional que deseja não ser identificada, mostra a nota do último pedido antes da pandemia do Coronavírus, quando foi pago o valor de R$ 6,80 pela caixa com 50 unidades de máscaras e o orçamento oferecido esta semana pelo mesmo fornecedor, com o valor de R$80 pelo mesmo produto e quantidade. Ela completou que em dezembro de 2019 comprou por R$ 13 uma caixa de máscaras em uma farmácia de Guanambi, mas que o valor foi justo porquê comprou como consumidora final.
Durante diálogo entre o cliente e o representante, o representante afirma que os valores altos é consequência do aumento da fábrica. “O fornecedor repassou a mercadoria por R$ 75, estamos ganhando apenas R$ 5 que é o imposto e as taxas, não estamos ganhando lucro nenhum”, afirma o fornecedor.
Não é apenas o valor abusivo dos produtos de proteção básica contra o coronavírus que assusta os profissionais de saúde de Guanambi. Uma enfermeira afirmou que não há como comprar máscara em Guanambi. “Não tem para comprar máscaras na cidade. A última vez que compramos foi em média R$7”, pontou a enfermeira.
O valor abusivo das máscaras não se limita apenas a Guanambi, na internet, um vendedor estava oferecendo um kit com um pacote de máscaras descartáveis com elástico de 100 unidades e 90ml de álcool em gel 70% por R$ 200. Após denúncias, o anúncio foi pausado.
Outro vendedor está vendendo um pacote com 25 unidades de máscaras por R$ 65. Sites maiores e redes lojistas não estão tendo o produto para vender. A previsão de normalização da situação, até o momento, não foi divulgado.
A organização Mundial de Saúde orientou, nesta quarta-feira (18), sobre o uso consciente das máscaras, recomendando o uso apenas para quem estiver doente. A falta da mercadoria é comum em vários locais do mundo.