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Pastor cancela ato na Praça do Feijão de Guanambi após repercussão negativa

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O pastor Robson Rodrigues da Igreja Shekiná, decidiu cancelar, por meio de um vídeo postado nas redes sociais, o ato convocado por ele para a próxima sexta-feira (17), às 18h30, na praça do feijão.

O cancelamento ocorreu após repercussão negativa da população, e manifestação contrária do 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM) de Guanambi.

No início da tarde desta quarta-feira (15), o comandante do 17º BPM, Ten. Cel Arthur Mascarenhas, encaminhou ofício ao Ministério Público da Bahia solicitando que sejam tomadas medidas judiciais para proibir a realização do ato.

O comandante disse que a polícia irá agir caso o evento seja mantido. “Caso não dê tempo para a concessão da liminar, a Polícia se fará presente impedindo o ato e apreenderemos todos os carros de som e eu irei representar criminalmente contra o Pastor Robson para esse ser processado por crime previsto no artigo 268 do Código Penal”, disse.

O pastor havia publicado um vídeo, nesta terça-feira (15), convocado os evangélicos da cidade para realizar jejum e oração na Praça do Feijão na sexta-feira.

Durante o vídeo, o pastor afirma que fala em nome da Ordem de Ministros Evangélicos de Guanambi (Omeg). “Eu juntamente com a ordem de pastores convoco vocês para essa sexta-feira, às 18h30, estamos levantando o clamores ali na Praça do feijão e na Praça da Prefeitura”.

Ainda no vídeo, o representante pontua que aqueles que atenderem ao chamado irão respeitar o limite de distanciamento social imposto pela gestão municipal. “Procure um lugar e vamos respeitar o espaçamento de 2 metros, 3 metros, 5 metros, se possível. Você fique a vontade, você que vai sair do seu trabalho ou está em casa, está convocado”, ressaltou Robson. A perspectiva é que seja 30 minutos e que sejam usados carros de som.

A agência Sertão entrou em contato com o pastor antes da postagem da matéria, no entanto, ele disse que não poderia responder aos questionamentos da reportagem no momento.

Após a repercussão, o pastor entrou em contato com a reportagem explicando que não esperava tanta repercussão e que o intuito do evento não era gerar problemas, caos ou transtornos e que portanto estaria cancelando o evento. “Nós não temos nenhuma intenção de gerar aglomeração, nem tumulto ou problemas com a justiça e nem com o prefeito”, pontua.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Guanambi disse que não recebeu nenhum tipo de solicitação de uso do local público para a realização do evento.

Em Guanambi, está suspensa a realização de eventos religiosos, culturais e esportivos até o dia 20. As cerimonias religiosas devem ser transmitidas apenas nas redes sociais e realizada com o mínimo de pessoas possíveis.

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